ATA DA SEXAGÉSIMA SEGUNDA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 11-8-2005.

 


Aos onze dias do mês de agosto do ano de dois mil e cinco, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, Luiz Braz, Maria Celeste, Maurício Dziedricki, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia e Raul Carrion. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Claudio Sebenelo, Dr. Goulart, Elias Vidal, Ervino Besson, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Maristela Meneghetti, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados, pelo Vereador Adeli Sell, o Pedido de Providências nº 1875/05 (Processo nº 4866/05) e os Pedidos de Informações nos 201 e 202/05 (Processos nos 4860 e 4861/05, respectivamente); pelo Vereador Elias Vidal, o Projeto de Lei do Legislativo nº 202/05 (Processo nº 4360/05); pelo Vereador João Carlos Nedel, o Projeto de Lei do Legislativo nº 223/05 (Processo nº 4769/05); pelo Vereador Maurício Dziedricki, os Pedidos de Providências nos 1855 e 1856/05 (Processos nos 4792 e 4834/05, respectivamente) e o Pedido de Informações n° 193/05 (Processo nº 4785/05); pelo Vereador Nereu D’Avila, o Pedido de Informações nº 191/05 (Processo nº 4746/05). Também, foi apregoado o Ofício nº 485/05 (Processo nº 4877/05), do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, informando que se ausentará do Município hoje e amanhã, quando receberá a outorga da Comenda da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho no Grau Grande Oficial e manterá audiência com o Senhor Márcio Fortes, Ministro das Cidades, em Brasília – DF. A seguir, o Senhor Presidente registrou as presenças do Coronel Jorge Alfredo Pacheco de Barcellos, Comandante do Policiamento da Capital; do Tenente-Coronel Jones Calixtrato Barreto dos Santos, Comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar; do Senhor Isaac Ainhorn, Secretário do Planejamento Municipal, representando o Senhor José Fogaça, Prefeito Municipal de Porto Alegre; do Coronel Dalmo Itaboraí dos Santos do Nascimento, Chefe do Gabinete Militar da Presidência da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul; e do Coronel Irani Siqueira, representando o Comando Militar do Sul, convidando-os a integrarem a Mesa dos trabalhos e informando que Suas Senhorias comparecem a este Legislativo para solenidade relativa ao transcurso do qüinquagésimo aniversário do 9º Batalhão de Polícia Militar. Em continuidade, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Vereador Maurício Dziedricki que, em nome da Casa, saudou os visitantes e discorreu a respeito da satisfação de Sua Excelência em participar da presente homenagem, historiando a criação e os cinqüenta anos de existência do 9º Batalhão de Polícia Militar. Nesse contexto, exaltou o desprendimento e abnegação da Brigada Militar em prol da segurança dos gaúchos e lembrou a responsabilidade da Câmara Municipal de Porto Alegre em lutar por melhores condições de trabalho e vida mais digna para os integrantes dessa Corporação. Durante o pronunciamento do Vereador Maurício Dziedricki, foi realizada a apresentação de audiovisual referente às atividades 9º Batalhão de Polícia Militar. Após, como extensão da Mesa, o Senhor Presidente registrou as presenças do Major Rogério Maciel da Silva, Subcomandante do 9º Batalhão de Polícia Militar; do Tenente Ricardo Cordovil, representando o V Comando Aéreo Regional – V COMAR; do Senhor Cássio de Jesus Trogildo, Secretário Substituto da Secretaria Municipal de Obras e Viação – SMOV; e do Senhor Carlos Siegle de Souza, Secretário em exercício da Secretaria da Juventude. A seguir, o Senhor Presidente convidou o Vereador Maurício Dziedricki a proceder à entrega de placa comemorativa ao transcurso dos cinqüenta anos do 9º Batalhão de Polícia Militar ao Coronel Jorge Alfredo Pacheco de Barcellos e ao Tenente-Coronel Jones Calixtrato Barreto dos Santos, concedendo a palavra ao Tenente-Coronel Jones Calixtrato Barreto dos Santos, que, em nome do 9º Batalhão de Polícia Militar, agradeceu a homenagem hoje prestada pela Câmara Municipal de Porto Alegre a essa Corporação. Na oportunidade, o Senhor Presidente registrou a presença do Vereador Vilmar Becker, da Câmara Municipal de Torres – RS. Também, o Vereador Adeli Sell formulou Requerimento verbal, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando que cópias dos discursos do Vereador Maurício Dziedricki e do Tenente-Coronel Jones Calixtrato Barreto dos Santos sejam enviados ao Secretário Estadual da Justiça e da Segurança e ao Comando-Geral da Brigada Militar. Às quatorze horas e trinta e cinco minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e quarenta minutos, constatada a existência de quórum. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Bernardino Vendruscolo reportou-se ao Projeto de Lei do Executivo nº 009/05, saudando a aprovação, nesse Projeto, de verbas destinadas à realização de atividades durante a Semana Farroupilha. Ainda, solicitou à Empresa Pública de Transporte e Circulação – EPTC – que seja concretizado um número maior de obras na área da prevenção de acidentes, discorrendo sobre a relação custo-benefício observada nesses empreendimentos. O Vereador Haroldo de Souza analisou denúncias feitas em nível nacional, relativamente à malversação de dinheiro público, sugerindo a realização de eleições gerais no País, para todos os cargos eletivos, no dia trinta de abril de dois mil e seis. Ainda, defendeu que dessas eleições participem somente candidatos inocentados em qualquer processo de corrupção e que todos as campanhas sejam patrocinadas apenas com recursos públicos, distribuídos igualmente entre os aspirantes aos cargos. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Neuza Canabarro questionou posições do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva frente às denúncias de corrupção investigadas por Comissões de Inquérito do Congresso Nacional. Ainda, criticou vídeo distribuído pela Presidência da República, intitulado “Projeto Brasil 3 Tempos”, afirmando que esse material teve um alto custo de elaboração e deve ser visto não como um relatório de Governo, mas como uma campanha de cunho publicitário. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Carlos Comassetto abordou o Projeto de Lei do Executivo nº 009/05, comentando debates ocorridos na Casa sobre esse Processo e frisando a importância da continuidade dessas discussões quando da elaboração do texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Igualmente, aludiu a Emendas apostas por Sua Excelência ao referido Projeto, em especial as relativas à construção de um Pronto Socorro na Zona Sul da Cidade e de um hospital no Bairro Restinga. O Vereador Carlos Todeschini saudou a aprovação da Emenda nº 301 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 009/05, que prevê ações e recursos para a implantação de Áreas Integradas de Segurança Pública. Ainda, avaliou a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 020/05, que restringe os horários de funcionamento de bares e assemelhados em Bairros da Cidade, ressaltando que essa proposta é polêmica e exige a busca da solução mais adequada ao assunto. O Vereador Claudio Sebenelo manifestou-se acerca do fechamento de Unidades de Saúde do Bairro Partenon, o qual teria sido motivado por falta de condições de higiene, alegando que o sistema público de saúde é um dos setores mais importantes e complexos da administração municipal e atinge diretamente as camadas carentes da população. Nesse sentido, defendeu a implantação de medidas que criem incentivos aos profissionais de saúde que atuam em regiões consideradas de difícil acesso. O Vereador Márcio Bins Ely registrou o transcurso de datas comemorativas aos Dias do Advogado, do Garçom, do Estudante, da Juventude e aos Dias Internacionais das Populações Indígenas do Mundo. Ainda, anunciou a primeira reunião da Comissão Especial instaurada na Casa sobre Políticas Públicas para as Pessoas Portadoras de Deficiência e avaliou os trabalhos das Comissões de Inquérito do Congresso Nacional para investigar denúncias de corrupção nos serviços públicos. O Vereador Ervino Besson registrou sua participação, ontem, em Audiência Pública realizada na Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, que abordou o tema do desarmamento da população civil, manifestando-se contrariamente a essa opção. Também, alertou que as pessoas que são favoráveis ao desarmamento devem fazer uma reflexão sobre o assunto, questionando se essa medida diminuirá ou não os índices de criminalidade no País. O Vereador Raul Carrion saudou a passagem do Dia do Estudante e do transcurso do sexagésimo oitavo aniversário da União Nacional dos Estudantes – UNE, comemorados hoje, discorrendo acerca da fundação da UNE e da participação dessa entidade em movimentos em prol da democracia ao longo da história brasileira. Ainda, comentou reunião realizada ontem no Bairro Restinga, na qual a comunidade externou sua preocupação com mudanças no sistema de transporte coletivo da região. Na ocasião, foi apregoado o Memorando nº 049/05, firmado pelo Vereador Elói Guimarães, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, por meio do qual Sua Excelência informa que a Vereadora Margarete Moraes se encontra representando externamente este Legislativo, hoje, na Semana Municipal dos Estudantes de Cachoeira do Sul. Também, foi apregoado Comunicado de autoria da Vereadora Neuza Canabarro, informando que Sua Excelência não é mais signatária da Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 020/05, que dispõe sobre a permissão do uso do passeio público por parte de bares, restaurantes, lanchonetes e assemelhados. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 010/05, os Projetos de Lei do Legislativo nos 167/99, 030/02, 100, 105, 110, 145, 179, 194, 195, 196, 197, 200, 204, 205, 207, 217, 106/05, este discutido pela Vereadora Sofia Cavedon, 142/05, discutido pelo Vereador Adeli Sell, 178/05 e 180/05, discutidos pelo Vereador Maurício Dziedricki, 188/05, discutido pelo Vereador Carlos Comassetto, os Projetos de Resolução nos 062/01 e 106/05, discutidos pelo Vereador Raul Carrion, 115, 112 e 116/05, este discutido pelo Vereador Carlos Comassetto, 118 e 120/05, os Projetos de Lei Complementar do Legislativo nos 027, 030 e 032/05, o Projeto de Lei do Executivo nº 010/05, os Substitutivos no 01 aos Projetos de Lei do Legislativo nos 048 e 163/01, 009, 025 e 139/05; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 187, 183, 184 e 185/05, este discutido pelo Vereador Raul Carrion, os Projetos de Lei Complementar do Legislativo nos 026 e 028/05; em 4ª Sessão, o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 007/05; em 5ª Sessão, os Projetos de Resolução nos 110 e 111/05. Na oportunidade, o Senhor Presidente registrou as presenças dos Vereadores Sílvio Luís Capitani, do PSDB, da Câmara Municipal de Entre Rios – RS, e Evandes Lazaroto, do PMDB, da Câmara Municipal de Aratiba – RS. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Sebastião Melo abordou o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 020/05, que regulamenta a permissão de uso de recuo e do passeio público defronte a bares, restaurantes, lanchonetes e assemelhados para colocação de toldos, mesas e cadeiras, ressaltando que o assunto deve ser melhor debatido, a fim de que se encontre um consenso entre moradores e donos de estabelecimentos, uma vez que toda a Cidade será envolvida por essa decisão. O Vereador João Antonio Dib debateu a real necessidade do atual número de trinta e seis Vereadores na Cidade de Porto Alegre, alegando que os Parlamentos no Brasil têm mais representantes do que seria preciso para cumprir as funções legislativas. Ainda, discutiu o Projeto de Lei em tramitação nesta Casa, que pretende disciplinar o uso do passeio público por parte de bares e restaurantes, enfatizando que deve ser buscada uma solução a esse problema em conjunto com a coletividade. O Vereador Raul Carrion debateu reunião realizada na Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação desta Casa, no dia nove de agosto do corrente, a respeito da questão portuária de Porto Alegre, mencionando que o Porto da Cidade está abandonado e tende a fechar nos próximos anos. Sobre o tema, expôs dados sobre as atividades do Porto, destacando a importância do transporte fluvial para a economia e para o desenvolvimento do Estado. A Vereadora Sofia Cavedon examinou a possibilidade de ampliação do horário de funcionamento de bares, restaurantes e assemelhados, por meio do Projeto de Lei do Legislativo nº 020/05, que tramita nesta Casa. Também, reportou-se ao processo de votação do Projeto Plurianual para Porto Alegre, concluído ontem, avaliando a construção de políticas públicas em parceria com a comunidade. Finalizando, criticou a substituição de uma Assessora Pedagógica do Conselho Municipal de Educação. Na ocasião, o Vereador João Antonio Dib formulou Requerimento verbal, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando cópia do Relatório de Verificação de Presença para ingresso na Ordem do Dia da presente Sessão. Às dezesseis horas e quarenta e oito minutos, constatada a inexistência de quórum para ingresso na Ordem do Dia, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Elói Guimarães e João Carlos Nedel e secretariados pelo Vereador Nereu D'Avila. Do que eu, Nereu D'Avila, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Hoje temos o comparecimento dos representantes do 9º Batalhão de Polícia Militar, tendo em vista a homenagem ao seu 50º aniversário.

Convidamos a integrar a Mesa o Coronel Jorge Alfredo Pacheco de Barcelos, Comandante do Policiamento da Capital; o Tenente-Coronel Jones Calixtrato Barreto dos Santos, Comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar; o Ver. Isaac Ainhorn, Secretário Municipal de Planejamento Urbano, neste ato representando o Prefeito de Porto Alegre, Sr. José Fogaça; o Coronel Dalmo Nascimento, Chefe do Gabinete Militar da Presidência da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul e o Coronel Iranir Siqueira, representando o Comando Militar do Sul.

À medida que nós desenrolarmos os atos em homenagem ao Cinqüentenário do 9º Batalhão da Polícia Militar, também será apresentado um datashow.

Queremos saudar os oficias Brigada Militar, aqui presentes, que integram o 9º Batalhão.

O Ver. Maurício Dziedricki está com a palavra como proponente da homenagem, e falará em nome da Casa.

 

O SR. MAURÍCIO DZIEDRICKI: Exmo Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; (Saúda os componentes da Mesa.) Gostaria de fazer a minha saudação, também, à extensão da Mesa, ao Major Rogério Maciel da Silva, Subcomandante do 9º Batalhão de Polícia Militar; ao Tenente Ricardo Cordovil, representando o 5º Comando Aéreo; ao Sr. Cássio Tragildo, Secretário Substituto da Secretaria Municipal de Obras e Viação e ao Sr. Carlos Siegle, Secretário em exercício da Secretaria da Juventude.

Senhoras Vereadoras, Srs. Vereadores, servidores desta Casa, público que nos assiste pela TVCâmara, é com imensa satisfação que registro esta homenagem ao querido 9º Batalhão, Batalhão intitulado Voluntários da Pátria, da nossa Brigada Militar, que teve a sua origem na 1ª Companhia de Polícia, criada em 12 de agosto de 1955, sob o comando do Capitão José Otávio Frota, destinado ao policiamento em duplas, a exemplo do que acontecia no Estado da Guanabara com os chamados “Cosme e Damião”. Nasciam os nossos “Pedro e Paulo”, assim batizados em homenagem aos padroeiros do nosso Estado, São Pedro e São Paulo.

Poderemos acompanhar, ao longo desta manifestação, o vídeo elucidativo referente a esse Batalhão, que hoje comemora uma história consagrada pelo sucesso, pela abnegação dos nossos soldados. (Mostra o vídeo.) E faço questão, Presidente, de apresentar, através de um soldado que hoje nos guarda neste Plenário, junto à porta lateral, o fardamento que a dupla tão famosa, Pedro e Paulo, vestia ao defender a nossa sociedade nas ruas de Porto Alegre.

Após várias transformações, em 1979, por ato do Exmo. Sr. Governador, Cel. Perachi Barcelos, teve a sua denominação mudada para 9º Batalhão da Polícia Militar - Batalhão Voluntários da Pátria. A denominação de Batalhão Voluntários da Pátria traz reconhecida referência histórica, tendo sua justificativa, à época, no 9º Batalhão Voluntários da Pátria, formado pelo antigo corpo policial da Província de São Pedro, que integrou o contingente da Tríplice Aliança, que frustrou os objetivos das tropas de Solano Lopes, no Paraguai, cobriu-se de glórias e mostrou todo o seu patriotismo, derramando o próprio sangue na brutal Batalha de Tuiuti.

Foi, sem dúvida, acertada a denominação de Voluntários da Pátria ao nosso 9º BPM, tendo em vista a história de abnegação, desprendimento e espírito pátrio dos voluntários de outrora e dos nossos dias.

Os combatentes da contenda com o Paraguai tiveram, certamente, adversários duros e batalhas difíceis. As guerras trazem, sem dúvida, traumas e perdas irreparáveis, dizimam famílias e destroem símbolos, até então perenes, do âmago de uma nação.

Porém, nossos “Voluntários da Pátria” de hoje representam batalhas ainda mais duras, batalhas que iniciam com o seu íntimo, quando são obrigados a conviver com o crime, que, cotidianamente, dedicam-se a combater. Perifericamente, rondam seus lares, que, por muitas vezes, não passam de uma subabitação em lugar inócuo e inadequado, ou com as privações de um soldo que não atende às necessidades básicas de sua família. Não bastasse isso, o inimigo que enfrentam é cada vez mais poderoso: bem-armado, ardiloso, age nas trevas do subconsciente humano, deturpa conceitos, avilta famílias, instituições e valores, procura humilhar os representantes do Estado e degenera a nossa juventude. Atrevo-me a sentenciar que a tarefa dos nossos voluntários de hoje é ainda mais desafiadora e difícil do que a tarefa de outrora. Hoje, representados aqui através de seus oficiais, podemos acompanhar a história do 9º Batalhão através de uma história de muito sacrifício e luta.

Essa menção aos 50 anos que faz o 9º Batalhão, hoje estaria sendo recebida por todo o seu efetivo, mas, fruto das diversas manifestações populares, da mobilização dos jovens, hoje, nas ruas de Porto Alegre, para buscar soluções aos casos de denúncia de corrupção no cenário nacional, eles estão guardando o bem maior; guardando a vida desses que hoje tomam as ruas.

Mas registro, Coronel Jones, o reconhecimento desta Casa, e quero render-lhe satisfação e êxito nesta missão, porque, quando vemos a desigual luta travada por esses homens, ocorre-me que algo maior deve inspirá-los, algo como a célebre frase proferida pelo Comandante do Forte Coimbra, no Mato Grosso, por ocasião de sua invasão pelas tropas de Solano Lopes, que dizia: “Sei que morro, mas o meu sangue e o de meus companheiros servirá de protesto solene contra a invasão do solo de minha Pátria”.

Esta homenagem cumpre o dever histórico de lembrar a memória de homens que já não mais estão conosco, que construíram um passado de glórias e bons serviços ao povo gaúcho, de muitos que tombaram na defesa do patrimônio público e privado, que, para a defesa do bem indisponível da vida, dispuseram de suas próprias vidas.

Quero abraçar todos os amigos do honroso Batalhão Voluntários da Pátria, praças, oficiais e servidores civis, suas famílias e amigos, e o faço na pessoa do Comandante e amigo, Tenente-Coronel Jones Calixtrato Barreto dos Santos; o senhor sabe o quanto honroso deve ser comandar o 9º BPM.

Que Deus, em Sua imensa bondade, proteja os Voluntários da Pátria, concedendo-lhes coragem! Coragem para enfrentar as mais adversas batalhas que hoje ocupam a nossa Capital e o nosso Estado.

Nós somos homens públicos, políticos pelas nossas responsabilidades, e temos a missão de mudar a condição de nossos policiais, lutar com todas as nossas forças para melhor remunerá-los, para que tenham moradias dignas, para que tenham equipamentos eficientes e modernos. Enquanto em nossa luta não alcançarmos a vitória final, contamos com a obstinação desses destemidos, com o espírito público desses servidores, com o desprendimento de suas ações em defesa de nossa gente.

Há um registro especial que faço, aqui, com os nossos Pares, os Vereadores desta Casa, mas antes quero conceder-lhe, Ver. Ervino Besson, um aparte.

 

O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Meu caro Ver. Maurício, proponente desta homenagem, primeiramente, em nome da Bancada do PDT, eu quero agradecer a V. Exª pelo aparte. Nós amamos esta Pátria, Vereador, mas amamos mais ainda o povo, porque quem engrandece esta Pátria é o povo, e uma parte deste povo, sem dúvida nenhuma, é a nossa querida e gloriosa Brigada Militar. Portanto, em nome da Bancada do PDT, a nossa saudação e o nosso abraço a eles. Vida longa e muita saúde para vocês! Obrigado, Vereador.

 

O SR. MAURÍCIO DZIEDRICKI: Eu é que lhe agradeço, Vereador Ervino, pelas palavras que dedica.

Sr. Presidente, registro, com os meus Pares, que, em qualquer situação de eventual hostilidade aqui neste Plenário e na zona central de Porto Alegre, estes serão os homens que nos acolherão. Com certeza, nas horas de maior sacrifício e esforço que enfrentarmos, estes serão os homens que nos defenderão, guardarão pelas nossas vidas e responsavelmente conduzirão o serviço público de segurança, elevando as vidas dos nossos porto-alegrenses, a vida dos nossos gaúchos como um bem maior, realmente.

Quero concluir, Sr. Presidente, e registro, em nome agora da Câmara Municipal de Vereadores, um juramento eternizado dentro do 9º BPM - o juramento de Pedro e Paulo -, dupla que iniciou e deu nome a este nosso grande homenageado de hoje, que diz (Lê.): “Prometo lembrar sempre que sou um policial em serviço e a sociedade vê em mim um guardião da ordem”. Muito obrigado! (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Queremos registrar, como extensão de Mesa, a presença do Major Rogério Maciel da Silva, Subcomandante do 9º Batalhão de Polícia Militar; do Tenente Ricardo Cordovil, representando aqui o V Comando Aéreo; do Sr. Cássio Trogildo, Secretário Substituto da Secretaria Municipal de Obras e Viação; e do Sr. Carlos Siegle, Secretário em exercício da Secretaria da Juventude.

Convido o Ver. Maurício Dziedricki a proceder à entrega de Placas alusivas ao evento ao Cel. Jorge Alfredo Pacheco de Barcellos, Comandante do Policiamento da Capital, bem como ao Tenente-Coronel Jones Calixtrato Barreto dos Santos, Comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar. (Palmas.)

 

(Procede-se à entrega das Placas.) (Palmas.)

 

O Tenente-Coronel Jones Calixtrato Barreto dos Santos está com a palavra.

 

O SR. JONES CALIXTRATO BARRETO DOS SANTOS: Exmo Sr. Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Ver. Elói Guimarães, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Senhores presentes nesta digna Casa que representa o povo do nosso Município, Porto Alegre. Nós temos uma história dentro da Brigada Militar que vem desde 1955, quando foi criada a nossa Companhia Pedro e Paulo, Companhia esta que foi designada para exercer o policiamento em alguns pontos de Porto Alegre, e, desde aquela data, nós tivemos homens com honra, ética e coragem, que é um dos símbolos da nossa Unidade, prestando seus serviços para a comunidade. Por todo o histórico que passamos, desde aquela época, com todas as denominações que tivemos, como 1º Batalhão Pedro e Paulo, 6ª Companhia, Batalhão Voluntários da Pátria e hoje, 9º Batalhão de Polícia Militar, a história de Porto Alegre, junto à Segurança Pública, na área central de Porto Alegre, sempre vai possuir um policial militar, que hoje aqui nós temos representado com as características dos anos 50, policiais estes que dedicaram a sua vida, e muitos perderam a vida no cumprimento de suas missões, defendendo a sociedade, defendendo o povo gaúcho, defendendo o povo de Porto Alegre.

Nossas missões são árduas, nossas missões significam muito para aqueles que vestem a farda, pois para nós nada mais honroso do que estar no dia-a-dia, muitas vezes com o sacrifício da vida, muitas vezes arriscando-nos no dia-a-dia, em prol da defesa da nossa comunidade.

E nós temos certeza de que no ano em que o 9º Batalhão comemora o seu cinqüentenário, no ano em que o 9º Batalhão de Polícia Militar traz 50 anos de serviços prestados, a nossa comunidade tem todo o serviço que, dentro da Segurança Pública, nós poderemos prestar. Dentro do nosso dia-a-dia, podemos dizer que o 9º Batalhão, hoje, possui em seus quadros as pessoas mais qualificadas para exercer a atividade. Nos últimos anos, nós temos procurado desenvolver nossas atividades dentro do serviço prestado e voltado exclusivamente para a comunidade. Nós podemos dizer que hoje, assim como esta Casa representa a palavra e representa o povo do Estado, o povo de Porto Alegre, o 9º Batalhão é o responsável hoje por manter a tranqüilidade deste povo. E, tenho certeza, senhores e senhoras, que tudo o que for necessário, todos os pedidos que a comunidade hoje traz para esta Casa, procurem-nos, porque nós estamos aqui para trabalhar juntos, para trazer a tranqüilidade para essa comunidade.

Deixamos aqui o nosso agradecimento pela homenagem que nos é feita, deixamos aqui o agradecimento pelo carinho com que fomos recebidos nesta Casa e nos colocamos à disposição - o 9º Batalhão, o Comando de Policiamento da Capital - de todos os senhores, porque Porto Alegre é a nossa razão de ser, Porto Alegre é hoje o nosso objetivo de prestar as nossas atividades e prestar os nossos serviços.

Então deixo o meu agradecimento, estamos à sua disposição. E, dentro do cinqüentenário, deixo aqui um convite a todos os senhores e senhoras, para comparecerem, amanhã, às 17 horas, na sede do 9º Batalhão, onde estaremos comemorando esta data tão significativa para todos nós. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Nós queremos registrar a presença do Ver. Vilmar Becker, da cidade de Torres.

Ao finalizarmos este ato, esta solenidade extremamente importante, queremos cumprimentar o Ver. Maurício Dziedricki, que falou pela Casa; também incorporar os desejos e as pretensões do Vereador e Secretário, aqui representando o Prefeito Municipal, Ver. Isaac Ainhorn, que queria uma homenagem ao 9º BPM, e nesse sentido telefonou à Presidência da Casa.

Mas é um momento importante, porque se comemora meio século de uma Instituição extremamente rica de valores, de ações, que é o 9º BPM - Voluntários da Pátria -, que tem com a Casa, e de resto com os Poderes de Estado, uma relação, eu diria, territorial, porque corresponde, institucionalmente, ao 9º Batalhão de Policia Militar, fazer exatamente a segurança desse perímetro, o mais importante da cidade de Porto Alegre, que é o nosso Centro da Cidade, onde se localizam o Palácio Piratini, a Assembléia Legislativa, o Judiciário, a Catedral, a Câmara Municipal, a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, e tantos órgãos vitais ao desenvolvimento e ao Governo do nosso Estado. Portanto, Tenente-Coronel Jones, receba a nossa saudação, receba a nossa homenagem extensiva ao bravo 9º Batalhão pelos serviços cotidianos importantes que presta no Serviço de Segurança Pública. Estamos encerrando o presente ato.

 

O SR. ADELI SELL (Requerimento): Que a Mesa Diretora, por sua intercedência, envie ao nosso Secretário Estadual de Segurança Pública e ao Comando-Geral da nossa Brigada Militar o discurso do nosso colega Maurício Dziedricki e o pronunciamento do Coronel, para que seja cabal o registro referente aos 50 anos do 9º BPM. Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Muito bem. Portanto, damos por encerrada a presente solenidade e suspendemos os trabalhos por dois minutos para as despedidas, aqui, aos integrantes e demais oficiais da gloriosa Brigada Militar. (Palmas.) Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 14h35min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães – às 14h40min): Estão reabertos os trabalhos.

Passamos ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra em Grande Expediente.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Elói Guimarães, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, não poderia deixar de vir pilchado, hoje, para homenagear todos os Vereadores desta Casa e o Executivo Municipal, aqui representado, no dia de ontem, pelo Secretário João Portella, que foi altamente sensível ao Movimento Tradicionalista, com a verba que a Fazenda, o Município, irá destinar à Semana Farroupilha. Num primeiro momento nós tínhamos no PPA uma redução, passando para apenas 100 mil reais, e, graças à sensibilidade do Sr. Secretário João Portella, e certamente com a concordância posterior do Sr. Prefeito, esses valores passaram para 965 mil por ano.

Isso nos orgulha e demonstra que o Governo está sensível às causas do Movimento Tradicionalista, da cultura gaúcha, que é tão importante para nós do Rio Grande. Isso certamente irá refletir também dentro dos próprios CTGs, dos DTGs, que vão sentir-se reconhecidos, porque já há muito tempo vinham reclamando, e com razão, daquilo que era reservado para os gastos da Semana Farroupilha. Então, em homenagem a esse trabalho, em homenagem aos Vereadores desta Casa, nós, hoje, resolvemos, Sr. Presidente, colocar a pilcha, e estamos, desta forma, a rigor, em homenagem a esta tão bonita decisão, Ver. Raul Carrion. Não poderíamos deixar de agradecer a todos, repetidamente ao Secretário Portella, ao Prefeito José Fogaça e a todos os Vereadores desta Casa. Mais uma vez o Movimento certamente vai-se sentir valorizado, porque 100 mil reais realmente era muito pouco. Agora, nós temos uma verba destinada de 965 mil por ano, durante os quatro anos.

 

O Sr. Raul Carrion: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Muito rapidamente quero parabenizá-lo e saudá-lo. Somos maragatos, ambos, estou sem o lenço vermelho, mas com a gravata vermelha. Quero dizer que foi uma vitória de todos aqueles que batalham para preservar a memória do nosso Estado e da luta do povo gaúcho.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: De todos nós, Ver. Carrion. Agradeço novamente a todos, pela força, pelo apoio, por aquilo que entenderam que seria necessário para esta Cidade, para o Rio Grande do Sul.

No segundo tempo que me resta, dentro do horário que é permitido ao Vereador falar, eu vou fazer um apelo ao Sr. Luiz Afonso Senna, Diretor-Presidente da EPTC. Nós temos elogiado Secretários aqui nesta Casa, e vamos seguir elogiando, mas nós não podemos deixar de insistir ao Secretário Senna, - eu até brinco, às vezes, ele não precisa ser um Airton Senna - no sentido de que ele tem de sair do escritório e conhecer os problemas da Cidade. Nós fizemos, aqui, vários Pedidos de Providências. Eu vou só citar alguns que são de extrema necessidade. Os acidentes acontecem diariamente, é preciso que se façam investimentos baixos; eles são necessários, não há como não fazer! Na Rua Brito Peixoto, esquina com a Av. Carneiro da Fontoura, há a necessidade urgente de um semáforo; também na Rua Brito Peixoto, esquina com a Rua Cristóvão Pereira, apenas um redutor de velocidade. Todas as semanas acontece um acidente; não há uma semana em que não aconteça um acidente lá, isso já vem de anos e as nossas reclamações têm sido constantes nesse sentido. Na Rua Vicente da Fontoura com a Rua Passo da Pátria, ali naquela lomba, na descida, todas as semanas acontecem acidentes, e nada, nada, nem um redutor de velocidade, nem um semáforo! Nada, absolutamente nada! Na Av. Vicente Monteggia há a necessidade de um recuo para quem pretende entrar na Rua Fábio Araújo Santos - também há acidentes todas as semanas, congestionamentos, é só um recuo! Nada! Eu escolhi alguns aqui, não são todos. Na Rua Orfanotrófio, por favor, na Orfanotrófio, próximo à TV Pampa, próximo à Faculdade Ritter dos Reis, ali nós temos - não vamos chamar de vila - famílias humildes dos dois lados, e há uma creche ali; há acidentes quase todos os meses, e acidentes com gravidade! É só colocarem um redutor de velocidade! Qual é a dificuldade para isso? Na Av. Sertório - estamos reclamando da Av. Sertório, aí disseram que nós só fazíamos reclamações. Então, sugerimos: “Senna, faça o seguinte, abra aquele corredor de ônibus e o deixe liberado”. “Mas não tem investimento...”; “Faça uma experiência”. Nada. A Av. Sertório permanece, com todo o respeito, uma esculhambação com aquele trânsito. Nós não podemos dar outro adjetivo a não ser esse. Também pedimos, e agora voltamos a fazer um pedido um pouco diferente: na Rua Ramiro Barcelos com a Av. Protásio Alves, estamos pedindo para que abram ali, por 60 dias, porque, segundo o Secretário Senna, abrindo o trânsito ali, haveria um congestionamento próximo à Av. Independência que tornaria inviável o trânsito. Nós temos recebido seguidamente reclamações e sugestões de pessoas. Mas qual a justificativa de se trancar, de não permitir que as pessoas que trafegam pela Av. Ramiro Barcelos não possam atravessar a Av. Protásio Alves? Pois nós estamos insistindo e sugerindo ao Secretário que faça, a título de uma experiência, por 60 dias. Secretário Senna, abra a Av. Ramiro Barcellos por 60 dias. Não funcionou? Volta ao estado que está hoje, não tem problema nenhum; a sociedade vai se convencer, nós também vamos nos convencer que assim como está é melhor. O que V. Exª não pode fazer, Secretário Senna, é não fazer nada, é não dar respostas aos nossos pedidos. Sequer manda dizer: “Olha, Bernardino, eu não vou fazer”. Nem isso!

O Sr. Adeli Sell: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu admiro a forma correta, sensata, com documentação que V. Exª apresenta sobre a falta de retorno de alguns Secretários. Eu queria lhe dizer que felizmente algumas coisas mudaram. Por exemplo, no DMLU, eu passei seis meses muito pior do que V. Exª Não recebi nenhum telefonema de volta, nenhum e-mail, nenhum fax, nenhuma agenda. Nesta semana, com a nova administração do Sr. Garipô Selistre, ele deu três agendas solicitadas por nós: uma, comigo pessoalmente; com uma comunidade segunda-feira, e outra comunidade hoje. Talvez, alguns outros Secretários se espelhem no novo diretor do DMLU, ou, por exemplo, no Ver. Cassiá Carpes, que responde todos os nossos e-mails. Nós temos dois tipos de Secretários: alguns que nada respondem, e outros que, mesmo não atendendo, pelo menos são respeitosos.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: E eu faço este registro também, reforçando que tanto o Secretário da SMIC, Idenir Cecchin, como do DEP, nos dão retorno; fazem aquilo que a gente solicita, ou quando não podem fazer, nos dão o motivo. Com a EPTC nós não temos nada, simplesmente não tomamos conhecimento de nada. Todos sabemos - e eu acredito - dos propósitos do Prefeito Fogaça, e eu faço um apelo, pois não é porque somos da base do Governo que não vamos fazer críticas. E só estamos usando esta tribuna, porque se esgotaram as possibilidades diretas. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de tempo do Ver. Carlos Comassetto.

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, amigos que se encontram nas galerias, amigos e amigas que nos acompanham pelo Canal 16. Ver. Luiz Braz, está bonito o Ver. Bernardino Vendruscolo, todo pilchado, maragato, vermelho. Em agradecimento, registrando que a verba que era de 100 mil se confirma através da Emenda nº 281, para a cultura tradicionalista, de que tanto temos orgulho, passa para 965 mil reais no exercício de 2006, 2007, 2008 e 2009. Cumprimentos ao Ver. Bernardino Vendruscolo.

Não adianta a gente querer fugir daquilo que realmente está acontecendo no nosso País; a obrigação do Vereador é cuidar dos assuntos de Porto Alegre, falar de assuntos que giram sobre Porto Alegre, mas esse festival de denúncias que assola a política brasileira não tem jeito, nós somos obrigados a falar sobre isso. No meu entendimento, jamais passou pela minha cabeça que homens que estão na política brasileira pudessem estar envolvidos em alguma coisa errada na política. Começam a desfilar também como possíveis corruptores ou corruptos envolvidos nesta bandalheira toda que envergonha a classe política brasileira, principalmente nós aqui do Rio Grande do Sul, Presidente Elói Guimarães, que temos, no conceito nacional, uma história tão bonita, uma história tão digna, feita de ética na história da própria política brasileira.

Eu já estou lamentando que eu tenha sido um daqueles que votou contra a decisão do Presidente Elói Guimarães de trazer aqui na sexta-feira, amanhã, às 19 horas, o “Bob Jefferson”, o grande ator televisivo brasileiro Roberto Jefferson para falar da ética. Em virtude dessas pressões, Roberto Jefferson não vem mais, e eu estou lamentando, porque seria a oportunidade de termos o nosso certificado, o certificado gaúcho da ética e da moral na política, porque perguntaríamos a ele, ou como Vereador, ou como jornalista, ou como um cidadão qualquer da cidade de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul o que ele tinha a dizer a respeito do PT do Rio Grande; do Partido dele, o PTB do Rio Grande; do meu Partido, o PMDB do Rio Grande; do PL do Rio Grande; do PDT do Rio Grande, de todos os partidos do Rio Grande do Sul, porque ele já jogou lama e algo mais que fede bem mais, em nível nacional em todos os partidos que fazem a vida pública e política brasileira. Será que o Roberto Jefferson diria a verdade aqui no plenário da Câmara Municipal de Porto Alegre, o que ele sabe ou deixa de saber a respeito do PT gaúcho, do PMDB gaúcho, do PTB gaúcho, do PDT, enfim, de todos os partidos do Rio Grande do Sul? Eu tenho a convicção de que nós, do Rio Grande, fazemos uma política honesta, uma política de transparência, mas eu precisava do aval desse homem, que entrou e passou a ser o grande astro da mídia nacional, das televisões e das rádios brasileiras. Roberto Jefferson, um corrupto confesso, que admite, e, por isso mesmo, entra para o rol daqueles homens que entram, lamentavelmente, por outros caminhos, no caminho da sujeira, como homem da política brasileira.

Eu tenho pouco tempo de política, mas sinto-me envergonhado com tudo isso que está acontecendo. Eu tenho uma sugestão a dar, já dei na rádio onde trabalho, a Rádio Guaíba - nós temos o TRE que é um dos mais eficientes do mundo, com nossas urnas eletrônicas -, com a honradez do nosso TRE, com a honestidade, com a lisura com que se fazem as eleições neste País, que no dia 30 de abril de 2006, no último domingo de abril, se faça uma eleição geral neste País, não podendo participar nenhum político de 1998 para cá, incluindo Fernando Henrique Cardoso. De 1998 para cá, todo político que estiver envolvido em alguma denúncia: por exemplo, com Fernando Henrique Cardoso houve aquela história da compra de votos; 200 mil reais para o cidadão votar no projeto da reeleição de Fernando Henrique. Então, Fernando Henrique não poderia disputar; o PSDB sim, mas não Fernando Henrique e aqueles que estavam envolvidos. O Lula não poderia participar, porque já se sabe agora que o Presidente sabia das coisas que estavam acontecendo sob o comando de José Dirceu, Marcos Valério e dos Delúbios da vida. Então, uma eleição geral no dia 30 de abril de 2006, de cima a baixo, do Presidente ao Vereador e um mandato de cinco anos. Ou as eleições com as campanhas daqueles que estavam em condições de disputar, pagos pelo cofre público: um “x” para o candidato a Presidente, um ”x” para o Senador, um “x” para os Deputados Federais, Estaduais e Vereadores e nada mais. A igualdade, a absoluta igualdade financeira para todos, disputando a eleição no dia 30 de abril de 2006 de Presidente a Vereador por cinco anos. E mais, o voto não sendo obrigatório, para darmos condições de aquele cidadão que realmente pensa na Pátria e que não vende o seu voto por um rancho, ou por uma cadeira de rodas, ou por meia dúzia de cadernos escolares, vai votar, porque vai estar convicto de que está escolhendo uma pessoa honesta, que ele acredita nessa pessoa! Então, o pagamento, sim, feito de forma igual! O candidato a Deputado Federal, por exemplo, o candidato Ibsen Pinheiro receberia o mesmo que o outro candidato receberia dos cofres públicos para concorrer a Deputado Federal, e assim todos os segmentos! Seria uma maneira de fazermos a depuração e o mutirão da justiça para que, aqueles que estão envolvidos nessa bandalheira toda, tivessem condições de serem julgados até o dia 30 de abril; os inocentes que estão envolvidos pudessem estar nas eleições; e aqueles que fossem comprovados culpados, fossem banidos, não por dez anos, mas definitivamente da vida política brasileira.

Essa é uma sugestão, como jornalista, que eu fiz na Rádio e coloco aqui.

O festival de besteiras vai, na CPI, ao cúmulo de se perguntar ao cidadão que está sendo questionado se ele acredita em Deus! Mas onde é que está escrito que um ateu não pode ser honesto? Mas que barbaridade! Isso não tem cabimento! O José Dirceu é arrogante? Mas e aí? Quem disse que o cidadão que é arrogante não pode ser honesto? Então, esperamos que esta CPI, que está servindo - e eu espero que sirva - para depurar a vida política brasileira, saia desse tipo de coisas.

Ora, gente, eu tenho aqui o vide-verso, com o qual poderíamos enumerar todas as bandalheiras que estão acontecendo. (Lê.): “Presidente Chávez janta com Lula hoje, hipotecando solidariedade”. Mas, escuta, será que os homens que estão em Brasília acham que nós somos babacas, que não conhecemos absolutamente nada da vida política mundial? Quem é Hugo Chávez? De que forma ele dirige a Venezuela? É daquele jeito que nós queremos que o Brasil seja comandado, governado, ou igual a Cuba? Vocês estão brincando com fogo! Agora, é de cabo de esquadra, isso é muito grave! Vereador Ibsen Pinheiro, Ver. Luiz Braz, Ver. João Antonio Dib, Verª Neuza Canabarro, o Duda Mendonça declarou, instantes atrás, que o Marcos Valério disse a ele que foi obrigado, pela alta direção do PT, a abrir uma conta bancária, de campanha publicitária do PT, nas Bahamas! Isso é grave, isso é gravíssimo. Mas como é que a autoridade maior do Governo brasileiro admite que se abra uma conta bancária num paraíso fiscal? Onde é que nós vamos parar, gente? Não é possível que as coisas continuem assim. Isso reforça a minha idéia de eleição geral no dia 30 de abril do ano que vem! E só entre aqueles que realmente ficar comprovado que não estão envolvidos nos acontecimentos de agora, e com o dinheiro pago pelos cofres públicos, em partes iguais para todos, para que não cheguem ao Congresso Nacional homens que não estão preparados para dirigir o povo, para dirigir a sociedade brasileira. Aqueles que compram votos com cadeira de rodas, não, não! Tem que votar no cidadão não obrigatoriamente, mas sim naquele que se entender que vai fazer alguma coisa pela Cidade, pelo Estado e pelo País.

Desculpem-me eu ter ocupado o Grande Expediente falando de assunto nacional, mas eu sou daqueles que gostam de falar, por exemplo, em quando é que vai sair o pronto-socorro II, se o I, do Bom Fim, está sufocado? Nós precisamos, sim, do Hospital de Pronto Socorro II.

O Hospital Parque Belém está aparelhado tecnicamente para ser o segundo hospital de pronto-socorro de Porto Alegre e, para que funcione, ele precisa de apenas 280 mil reais por mês. Se nós não temos dinheiro para isso, eu não sei o que é que nós estamos fazendo aqui. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Encerrado o Grande Expediente. A Verª Neuza Canabarro está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. NEUZA CANABARRO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; nobres Vereadores e Vereadoras, senhoras e senhores que participam conosco nesta data, desta Sessão Plenária, eu venho a esta tribuna indignada, como todo e qualquer brasileiro, com a situação que estamos vendo, envergonhada quando se fala em milhões e milhões de brasileiros que passam fome, quando se anunciam projetos que não chegam e quando se tem uma divulgação enganosa. Recebemos, no dia de hoje - já conhecia por ter recebido do Ver. Nedel um exemplar igual, que me foi mostrado num programa de rádio -, da Presidência da República, direto aos Vereadores de Porto Alegre - e à população em geral -, esse material. Vejam bem (Mostra o material.), o material com a bandeira. Parece que o Partido dos Trabalhadores, com seu marqueteiro de plantão, Duda Mendonça, escolheu a Bandeira como símbolo da vergonha. No primeiro programa eleitoral gratuito vimos a Bandeira do Brasil sendo ruída e puxada pelos ratos para um bueiro, e diziam: “Vamos acabar com a corrupção!” Engano, traíram a Nação! Eles são os corruptos - eles são os corruptos -, e, neste exato momento, Duda Mendonça está dizendo que foi obrigado pelo Partido dos Trabalhadores a abrir uma conta nas Ilhas Cayman, que foi obrigado a mandar dinheiro para fora do Brasil. Agora, vejam este material. (Mostra material.) Esse material é da mais alta qualidade. Uma embalagem com uma fitinha de cetim, em que se puxando tem um encarte, um fôlder e uma fita de vídeo na qual diz: “Brasil, três tempos”, uma fita de vídeo, nesse encarte altamente luxuoso, uma senha, e a minha, coincidentemente, é 2-12, sendo que 12 é do PDT, mas o Ver. Carlos Nedel recebeu uma que dizia: 1-71, não sei que ironia é, mas a dele é 1-71. Quanto custou isso, quanto custou para uma campanha publicitária enganosa? Eu diria mais, que se não fosse por todo esse escândalo, por toda essa corrupção, por um motivo só já poderíamos pedir o impeachment do Presidente: por propaganda enganosa, toda e qualquer propaganda enganosa, desde o Fome Zero, que contemplou funcionários de Prefeituras. Nós sabemos que todo dia surgem mais, mais e mais denúncias.

E que vergonha, Presidente Elói Guimarães, ninguém sabe, ninguém viu! Eu nunca vi gente tão alienada, tão alienada! Quando perguntam, dizem: “Não vi”. Três versões sobre uma dívida do Presidente. O Presidente da República tinha uma dívida com o Partido dos Trabalhadores que foi paga com dinheiro no caixa. Ninguém sabe quem pagou e ele diz que não é verdade. Duas versões de que tinha dívida! E não viu?! É o que se vê em todo e qualquer aspecto. Eu diria que quem tem um mínimo de inteligência consegue ver as manifestações de riqueza, quando o dinheiro corre solto. Como corriam de um lado para outro de jatinho e não sabiam que isso tinha de ser pago, que alguém estava pagando? Ficaram deslumbrados com o Poder, como o Presidente da República, um homem pobre! Eu não votei nele nem jamais votaria, não por preconceito, mas por consciência como educadora: para ser motorista se exige Ensino Médio, para ser caixa de supermercado se exige Ensino Médio e esse candidato à Presidência não tinha sequer o Ensino Fundamental completo. Vejam bem, não por falta de oportunidades, porque há quantos e quantos anos não trabalha, há quantos e quantos anos é mantido pelo Partido dos Trabalhadores? Sequer um curso de inglês fez! Foi Deputado, não apresentou nenhum Projeto e não gostou. Fez amizade com quem? Não com aqueles Deputados que poderiam lhe dar bons exemplos, de uma luta, de terem vindo lá de baixo e terem estudado e de terem vencido na vida. Só conheceu os picaretas, tanto é que saiu de lá e disse que havia picaretas.

É uma vergonha o que estamos vivendo hoje, mas temos de ter esperança que os Deputados que lá estão e que não têm nada a ver com essa corrupção possam passar a limpo o Brasil.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, prezados colegas Vereadores, prezadas colegas Vereadoras, prezado público que nos assiste nas galerias e pelo Canal 16, ontem aprovamos aqui nesta Casa o Projeto do Plano Plurianual, que foi um debate importante e a afirmação também importante do trabalho do conjunto dos Vereadores. E eu quero aqui fazer destaque a algumas emendas que apresentamos e lograram êxito, sendo aprovadas pelo conjunto dos colegas Vereadores e Vereadoras, emendas que foram trabalhadas, que eram carências que estavam no Plano Plurianual, e no entendimento justamente dessas carências foram aceitas pela Cidade através do Legislativo Municipal.

Tivemos a oportunidade de aprovar seis emendas e mais uma em conjunto com o Ver. Sebenelo, o autor primeiro da Emenda à qual nos alinhamos, inclusive um dos temas estruturadores da Cidade. Vou citar algumas delas que aprovamos para trazer ao debate e ao entendimento com a finalidade de continuar qualificando a Cidade, a partir de agora, da segunda quinzena, na aprovação da LDO e no Orçamento para 2006.

Uma das emendas aprovadas refere-se à questão da Saúde Pública. Aprovamos ontem a construção do Pronto-Socorro Zona Sul no Hospital Parque Belém. O que significa isso nos termos estruturais da Cidade? Nós vamos entrar, ainda neste semestre, na avaliação do Plano Diretor. Temos que entender, discutir e qualificar cada vez mais a Cidade no sentido de descentralizá-la, de fazer com que as atividades básicas necessárias para os diversos núcleos populacionais da Cidade estejam cada vez mais próximas dos seus locais de moradia e de trabalho, para fazer com que as pessoas necessitem deslocar-se o mínimo possível de um lado para o outro da Cidade. E o Pronto-Socorro da Zona Sul, junto ao Hospital Parque Belém, é uma medida que vem, Dr. Sebenelo, não só ajudar a qualificar a Saúde Pública, mas também ajudar a estruturar a Cidade, pois ela é uma atividade-âncora para uma região de Porto Alegre.

Além dessa medida ontem aprovada, apresentamos outra emenda, que não constava no Plano Plurianual - que também foi aprovada - referente ao Hospital da Restinga. Ela não constava no Plano Plurianual, porque no entendimento, creio eu, do Executivo Municipal, o tema da Saúde era colocado no genérico. Fizemos questão, discutimos aqui nesta Casa, e foi aprovado, ratificando o convênio que a Administração Popular deixou construído, do Município com o Hospital Moinhos de Vento, para construir, lá na Restinga, o Hospital da Restinga com 130 leitos.

E aqui, Ver. Paulo Odone, já faço uma orientação ao senhor como Líder do Governo: o cronograma do convênio para a construção do Hospital da Restinga está sem resposta e está atrasado. Porque no cronograma, até o final deste ano, deveremos ter a primeira parte do Hospital construída, que é a maternidade, e o Projeto ainda encontra-se na SMOV para ser aprovado. Portanto, falo aqui, ao Executivo Municipal, que este Projeto, conforme o convênio e o cronograma apresentado, precisa, imediatamente, ser tirado da gaveta e ser colocado em prática para que nós possamos destinar os recursos que aqui aprovamos para ajudar na construção e na confecção desse Hospital.

Portanto, hoje, trato dessas duas emendas que tivemos a tranqüilidade, junto com as lideranças comunitárias, em conjunto com outros Vereadores, de construir e aprovar. Essa é a contribuição de algumas emendas aprovadas no Plano Plurianual. Muito obrigado, Sr. Presidente.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, público presente e assistência do Canal 16, também queria fazer aqui um destaque para o bom encaminhamento que tiveram a discussão, o encaminhamento e a votação do Plano Plurianual no dia de ontem, e quero dar uma ênfase, aqui, à Emenda nº 301, por nós apresentada; ela previa e prevê ações e recursos para a implantação das Áreas Integradas de Segurança Pública, as AISPs, que, a partir da nova concepção do Governo Federal, da Secretaria Nacional de Segurança, autoriza e possibilita, através de convênio, ações complementares e suplementares em Segurança Pública por parte da municipalidade. Aliás, cada vez está mais presente o Município nas ações de proteção, nas ações de defesa, nas ações junto aos cidadãos e à cidadania.

Então, esse é um Projeto que está tramitando na Casa, já passou pela Comissão de Constituição e Justiça, e agora, com recursos aprovados no Orçamento Plurianual, tem todas as condições de prosseguir. Estamos discutindo, também, com o Secretário Municipal de Segurança Pública, o Secretário Kevin Krieger, que está para analisar, também, para fazer suas sugestões. E nós pretendemos que esse seja um Projeto aprovado com a anuência e com a concordância do Governo, porque ele inova significativamente nas ações de Segurança Pública, com a ouvidoria comunitária, com as ações integradas, com os equipamentos em comum, e com a ação sinérgica das corporações estaduais: Polícia Civil, Brigada Militar, Judiciário, Polícia Federal, e, também, da Guarda Municipal, além do complemento da cidadania.

Então, eu quero cumprimentar e agradecer a todos os colegas Vereadores e ao Governo, também, que foi sensível e que acatou esta sugestão.

Também está tramitando na Casa, hoje, um Projeto de Lei, com Emenda, acerca dos horários de funcionamento do bairro Cidade Baixa. É um assunto muito polêmico, nós já tivemos vários debates, inclusive o Ver. João Antonio Dib e o Ver. Professor Garcia tiveram a iniciativa de, na Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul, organizarem um debate para que nós pudéssemos construir uma solução negociada, uma solução acordada, porque o tema é explosivo, e é em toda a Cidade. E, infelizmente, à época - eu ainda era membro da CEFOR, agora sou membro da Comissão de Constituição e Justiça -, a Comissão não conseguiu se fazer entender, e não teve o apoio e o prestígio que deveria ter tido para que nós pudéssemos encaminhar uma solução negociada. Uma outra comissão, que caminhou em paralelo, também teve a intenção de discutir o assunto e produzir alternativas. Só que, pelo que estou sentindo, pelo que eu estou vendo, não resolveu o problema. Não se chegou, nas discussões havidas, a um encaminhamento, a uma construção ou solução que representasse, medianamente, os interesses dos empresários, dos comércios que funcionam à noite, basicamente os bares e os restaurantes, e a comunidade.

Eu creio que nós devemos aprofundar esta discussão e construir uma solução mediada. Nós já tivemos, no Governo que passou, por várias vezes, construções que foram impedidas pelo Ministério Público de serem efetivadas ou foram impedidas por um ou outro motivo estranho ao Governo.

Eu creio que já temos importantes pontos de partida para que a gente possa construir a melhor solução, para que a gente possa construir a mediação e um regramento para esses conflitos, porque, este sim, é um assunto atinente a esta Casa: mediar um conflito. É um assunto eminentemente de interesse local.

Eu lembro das palavras do Ver. João Dib, em tom de desabafo, por todas as tentativas que nós fizemos, pela CEFOR, de mediar esse assunto, infelizmente sem sucesso. Agora, o assunto retorna à Casa, hoje, pelo que estou vendo. Contem com o nosso esforço para que a gente produza a solução mais mediada, mais adequada. Muito obrigado, Sr. Presidente.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, nós estamos providenciando, no mais breve tempo possível, atender à manchete do jornal Diário Gaúcho, que tem como chamada de capa o fechamento de dois postos de saúde por falta de higiene e profissionais. Nos iremos comparecer a esses postos, iremos fazer o levantamento - a Comissão de Saúde vai-se encarregar disso - e passaremos um relatório ao Sr. Secretário da Saúde, porque, à medida que o tempo vai passando, o gravame imenso da ausência de uma rede e de uma política municipal de Saúde compatíveis com os recursos existentes na Secretaria de Saúde certamente tocam fundo numa das questões mais delicadas, mais sofridas e mais desafiadoras da acuidade administrativa, das iniciativas, inclusive, e de providências imediatas para reparar ou pelo menos remendar esses danos insuportáveis a uma população que já tem todos os gravames de submissão a impostos e, ainda - especialmente a população menos aquinhoada -, quando necessita da Saúde, há uma falha dessa ordem.

Nós queremos dizer a todos os Vereadores que, ao aceitarmos essas críticas, nós queremos sair em busca também da solução, e a solução também serão as parcerias, sim - as boas parcerias. Nesta Câmara, aqui o, Sr. Prefeito João Verle vetou uma lei para que os postos de saúde pudessem ser adotados por empresas. Hoje nós vemos o quanto seria fantástica a associação de empresários com o Poder Público no sentido de uniformizar um processo de atendimento e de prevenção, mas principalmente de promoção da Saúde.

Por outro lado, nós estamos vendo um desinteresse muito grande de todas as classes trabalhadoras em relação aos concursos que ocorrem na área da Saúde, em que diminuiu muito o número de candidatos, especialmente pela remuneração baixa, pelas altas exigências, inclusive muitas vezes de transporte, muitas vezes em lugares distantes e inacessíveis. Nós estamos revendo essa questão do Lami, de Belém, de Itapuã, mas especialmente da Restinga, onde ainda nós temos, aliado às péssimas condições de tratamento, o deslocamento de mais de 40 quilômetros da moradia dos profissionais até o posto, tendo que haver inclusive algum pagamento a mais, pelo menos, para isso que é caríssimo hoje em dia, que á a gasolina, que é o combustível, que é o transporte, que seja assegurado pelo menos aos profissionais que vão trabalhar nos postos para que não tenham esse prejuízo. Que a eles seja garantido, e que essa garantia de não terem esse prejuízo, talvez faça com que as pessoas voltem a trabalhar na periferia de Porto Alegre, onde é mil vezes mais necessária a ação.

 

O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Sebenelo. Eu queria propor que se peça ao Executivo que envie um Projeto ou uma medida para cá, para que a gente não deixe a comunidade desamparada, pois eu também identifiquei o mesmo problema, inúmeros postos sem os profissionais, porque eles alegam que não têm condições de ir trabalhar.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Exatamente. Inclusive, Vereador, não são só os médicos que se negam, são os outros profissionais de outras áreas também que têm essa dificuldade. E quanto menor for a remuneração, por corporação, menor é a chance de deslocamento, ou, quando se deslocam, o fazem com problemas na assiduidade, na freqüência e na pontualidade em função - e isso não pode acontecer num Posto de Saúde - exatamente dessas imensas dificuldades, e isso nós vamos levar ao Sr. Secretário. É uma questão que nos preocupa demais, e a manchete de hoje do jornal Diário Gaúcho, certamente deve ser, mais uma vez, uma lâmpada vermelha que se acende, chamando a atenção das autoridades para a gravidade da situação que não ocorre só nesses dois postos, não; ocorre na rede completa. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Verª Clênia Maranhão.

 

O SR. MÁRCIO BINS ELY: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; na pessoa de V. Exª quero cumprimentar os demais Vereadores e Vereadoras desta Casa, público que nos assiste pela TVCâmara, público que nos assiste nas galerias, senhoras e senhores, hoje é um dia muito especial, dia em que quero fazer aqui alguns registros. Inicialmente, cumprimento todos os advogados, classe que tenho a honra de também integrar. Hoje, dia 11, é o Dia do Pendura, Dia do Advogado, e, nesta oportunidade, faço este registro para que fique nos Anais da Casa, o que considero bastante importante.

Registro hoje o transcurso do Dia do Garçom, uma homenagem aos nossos garçons aqui da Casa e a todos os garçons que estão me escutando.

Registro o Dia do Estudante, que também está acumulado na data de hoje, 11 de agosto.

Também quero fazer o registro da data de 9 de agosto, Dia Internacional das Populações Indígenas do Mundo. E do dia 12 de agosto, amanhã, Dia Internacional da Juventude. Houve necessidade de alguns registros antes da minha intervenção.

Quero dizer que hoje, com muita satisfação, pude participar, em conjunto com o Ver. Oliboni, com a Verª Neuza Canabarro, com a Verª Sofia e com o Ver. Ismael, da primeira reunião que ocorreu nesta Casa, da Comissão Especial de Políticas Públicas para as Pessoas Portadoras de Deficiência. Quero dizer que a reunião foi num clima muito positivo; acredito que esta Casa tem muito a contribuir para com esse tema.

Nós sabemos que inúmeros porto-alegrenses têm dificuldades físicas, estão precisando de uma atenção especial e acredito que nosso dever para com a população - que nos conferiu um mandato popular - é de estar dando uma atenção especial a esse tema, porque irmãos nossos necessitam estar-se locomovendo, estar, enfim, participando de atividades em locais públicos e deve haver acessibilidade, sim, para que essas pessoas possam exercer o seu pleno direito de cidadania.

Quero dizer que a reunião foi muito produtiva. Nós vamos, inclusive, na nossa pauta de agendas, organizar visitas, vamos participar, também, de forma organizada, externamente à Casa, no sentido de colher informações, de ir até às entidades que atuam nessa área específica. E tenho certeza de que ao final dos trabalhos vamos estar dando uma grande contribuição para o nosso Município.

Quero fazer uma reflexão aqui, também, muito em função dos fatos e dos acontecimentos que nos surpreendem todos os dias no que diz respeito à conjuntura nacional.

E me antecedeu aqui a Verª Neuza, com muita propriedade, fazendo algumas alegações muito fortes. Quero dizer, Vereadora, que concordo, sim, que há muita coisa errada. Hoje mesmo fomos surpreendidos com a informação de que o Banco Rural teria fornecido documentos fraudados à CPI. Veja bem, Sr. Presidente, a que ponto chegamos: o Sr. Vice-Presidente da Comissão do Mensalão vai pegar documentos no automóvel do Sr. Marcos Valério; é o cúmulo da impunidade.

E, para a nossa surpresa, hoje, vai depor na CPI dos Correios o Sr. Duda Mendonça! Mas a quem estão querendo enganar? A gente sabe como funciona o crime político, está bem desmascarado! Mas não queiram confundir a opinião pública. O que está acontecendo no Congresso Nacional deve ser apurado, sim. E aqueles cidadãos que estão sendo os responsáveis por trazer a verdade ao público não podem permitir as manobras que estão sendo feitas. Quero trazer esta mensagem para a reflexão. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Ervino Besson está com a palavra em Comunicação.

 

O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, Srs. Vereadores, Vereadoras, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e também pelo Canal 16, TVCâmara, eu queria saudar a todos; no dia de ontem, pela manhã, a convite do Presidente da Comissão de Defesa ao Consumidor e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, Deputado Dionísio Marcon, houve uma Audiência Pública a respeito do desarmamento, e lá estivemos juntos naquele debate. O referendo do dia 23 de outubro, daqui a aproximadamente 60 dias, no nosso entender, vai ser uma decisão que o povo vai tomar: se é a favor ou contra o desarmamento. Eu, em princípio, meus caros Vereadores, disse ontem na Assembléia que eu sou totalmente contra o desarmamento. Eu acho que o País está cometendo um equívoco. Nós estamos desarmando pessoas de bem e armando os nossos marginais. A marginalidade deste País está tomando conta. Agora, essas pessoas que estão se colocando favoravelmente ao desarmamento, eu acho que temos de fazer uma avaliação muito profunda, com muita responsabilidade.

Eu pergunto aos senhores que nos assistem pelo Canal 16 da TVCâmara, alguém acredita que com a Lei do Desarmamento a criminalidade vai diminuir? Os nossos bandidos vão ficar sem armas? É uma opinião equivocada!

Ontem me chamou muito a atenção o depoimento do Delegado Jardim, um homem experiente e conhecedor dessa área, porque tem 35 anos na área policial, que colocou com muita clareza os dados, pela experiência.

Se eu estiver na minha propriedade, defendendo o meu patrimônio, tenho de ter uma arma; no momento que eu usar essa arma, para me defender, a lei, se for prender o bandido, vai me prender da mesma forma que ele, e eu vou ser colocado em um presídio como um bandido, se eu tiver uma arma para defender o meu patrimônio!

O representante da CUT também falou muito bem, com conhecimento de causa. Eu acho que a população ainda não se deu conta disso. Eu acho que nós vamos ter de abrir essa discussão aqui na Câmara, em todos os parlamentos para que a população saiba de uma forma tranqüila o que vai acontecer no dia 23 de outubro.

Se a pessoa tem a intenção de matar alguém, meu caro Presidente, mata com uma faca, pega uma picareta, pega um pedaço de pau, pega qualquer instrumento e assassina uma pessoa. Então, vamos proibir as armas brancas, vamos proibir tudo!

Agora, nós temos muitos problemas sérios neste País que temos de discutir. Gastar essa barbaridade de dinheiro para fazer esse plebiscito que vai acontecer no dia 23 para ver se o povo é a favor ou contra o desarmamento? Ora, minha gente, a população é quem decide! Eu gostaria que os Vereadores desta Casa usassem desta tribuna, porque muitas pessoas nos assistem pela TVCâmara e gostaria que dessem a sua opinião, com clareza, com seriedade, com responsabilidade. E vamos fazer, sim, aqui também, uma Audiência Pública, fazer o que a Assembléia fez no dia de hoje. Acho extremamente importante e vamos ouvir, sim, os segmentos da nossa sociedade, a Polícia Civil, a Brigada Militar, o Ministério Público, enfim, todas essas entidades que estavam lá presentes, hoje. Todos eles não têm ainda uma idéia clara se são a favor ou contra o desarmamento. Muito obrigado, meu caro Presidente.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Raul Carrion está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo da Verª Manuela d’Ávila.

 

O SR. RAUL CARRION: Exmo. Ver. Elói Guimarães e demais Vereadores e Vereadoras, todos os que nos acompanham hoje e, também, nas suas casas através da TVCâmara.

Queríamos, em primeiro lugar, registrar - o Ver. Márcio Bins Ely já fez uma referência - a passagem, não só do Dia do Estudante, 11 de Agosto, mas, também, o aniversário dos 68 anos da União Nacional de Estudantes, representação máxima de todos os estudantes universitários deste País. Há 173 anos, no dia 11 de agosto de 1827, D. Pedro I assinou o Decreto criando os dois primeiros cursos de Direito deste País, Curso de Direito de Olinda e o Curso de Direito de São Paulo. Cem anos depois, em 1927, esta data, o 11 de agosto, foi transformada no Dia Nacional do Estudante. E dez anos depois, 11 de agosto de 1937, foi fundada a União Nacional de Estudantes. Desde o seu início, a União Nacional de Estudante têm vinculadas lutas pela democracia, a luta pela soberania, a luta pelos direitos do nosso povo. Na sua carta, de 1938, está a luta pela Indústria Siderúrgica Nacional, “sem o que o Brasil jamais se libertará”, dizia o documento quase que fundante da UNE.

A luta pelo “Petróleo é nosso” também teve a UNE à sua frente. A luta contra o Estado Novo, pela Redemocratização, em 1945. A luta contra o golpe direitista, que tirou Getúlio Vargas. Em 1961, na Legalidade, para cá veio o então Presidente Aldo Arantes, sendo uma das vozes mais ouvidas na rede da Legalidade, defendendo o direito à manutenção do Vice-Presidente, como Presidente, e assim por diante. Desde 1964, na luta contra a ditadura, onde muitos estudantes deram a vida, foram presos, torturados, exilados por estarem junto com o seu povo. Em 1984, novamente os estudantes na rua, na grande campanha das Diretas Já, os chamados “caras-pintadas”, foram uma presença permanente. Em 1992, a luta pelo “fora Collor”, novamente teve nos estudantes uma das suas forças principais. A luta contra a Alca. A luta contra o Projeto Neoliberal, e assim por diante.

Por isso esta data, o Dia do Estudante, e o aniversário da União Nacional dos Estudantes é uma data para registrar a combatividade, a luta da juventude brasileira que nunca titubeou diante das maiores dificuldades.

Queríamos também fazer uma rápida referência, além desta homenagem aos estudantes, da reunião que tivemos na Restinga, na Associação Núcleo Esperança, na noite do dia de ontem - esteve presente também, pela CUTHAB, o Ver. Carlos Comassetto -, onde a comunidade nos trouxe a sua preocupação e a sua repulsa às mudanças realizadas no sistema de transporte da Restinga, com a criação de linhas alimentadoras sem uma discussão com a comunidade, sem um planejamento, diminuindo horários, retirando paradas, deixando as famílias ao relento, na chuva, tendo que fazer caminhadas, aqueles que trabalham na madrugada ou trabalham cedo para ter o transporte coletivo. Assumimos o compromisso com a comunidade de fazermos o contato com a EPTC, SMT, e programarmos uma reunião da CUTHAB para atender aos pleitos da comunidade da Restinga e, ao mesmo tempo, escutarmos as ponderações que a Secretaria poderá nos trazer a respeito desses equívocos que estão ocorrendo e gerando tanta revolta na comunidade. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Queremos comunicar que a Verª Margarete Moraes encontra-se em representação na cidade de Cachoeira do Sul, na Semana Municipal dos Estudantes.

Apregoamos Requerimento da Verª Neuza Canabarro. (Lê.): “A Vereadora que este subscreve comunica a Vossa Excelência que não é mais signatária da Emenda nº 1 ao PLCL nº 20/05 - Processo nº 2655/05, que dá nova redação ao artigo 1º do Projeto de Lei Complementar nº 020/05 que altera a Lei Complementar nº 415, de 07 de abril de 1998, que dispõe sobre a permissão de uso de recuo e do passeio público fronteiro a bares, restaurantes, lanchonetes e assemelhados para colocação de toldos, mesas e cadeiras, mediante a inclusão do inciso II no art. 1º da referida Lei, dispondo sobre o horário permitido a bares e similares localizados em zonas miscigenadas. Vereadora Neuza Canabarro”.

 

Passamos à

 

PAUTA

 

DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. N. 0814/05 - SUBSTITUTIVO N. 01, que cria a área escolar de segurança, prevê a instituição das Comissões de Segurança Escolar e dá outras providências, ao PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N. 010/05, ambos de autoria da Ver.ª Neuza Canabarro.

 

PROC. N. 2420/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 110/05, de autoria do Ver. Nereu D’Avila, que acrescenta placa denominativa com os termos “Rótula do Papa João Paulo II” na Esplanada Vaticano, logradouro público compreendido pela Avenida Érico Veríssimo e limitado pela proximidade com as Ruas Dona Cecília, Catão Coelho e Mariano de Matos.

 

PROC. N. 3093/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 145/05, de autoria da Ver.ª Maristela Maffei, que altera a redação do art. 1º da Lei n. 8.359, de 14 de outubro de 1999, que disciplina a cobrança de taxas nas garagens e estacionamentos de Porto Alegre, proibindo a cobrança de valor superior a uma vez a tarifa no Sistema de Estacionamento Rotativo, Área Azul, pela utilização do estacionamento nos trinta minutos iniciais ou por fração adicional.

 

PROC. N. 3599/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 180/05, de autoria do Ver. Maurício Dziedricki, que dispõe sobre a instalação de sinalizadores com dispositivos sonoros e luminosos em edificações com garagens de pouca visibilidade para vias públicas.

 

PROC. N. 4038/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 188/05, de autoria do Ver. Ibsen Pinheiro, que convoca consulta à população para o cercamento de logradouros públicos, como largos e parques, com área superior a 50 mil metros quadrados (cinco hectares), mediante plebiscito, previsto no art. 20-A da Lei Complementar n. 12, de 07 de janeiro de 1975, e alterações posteriores (Código de Posturas), a ser realizado concomitante com as eleições de 2006, em conformidade com a Lei Complementar n. 282/92, sendo a Comissão Coordenadora do processo de plebiscito indicada pela Mesa Diretora da Câmara no prazo de 30 dias após a publicação desta Lei.

 

PROC. N. 2998/01 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 062/01, de autoria do Ver. Raul Carrion, que institui a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS como forma de comunicação entre a Câmara e a comunidade, assegurando aos surdos e deficientes auditivos a tradução simultânea dos trabalhos parlamentares e no recinto da Casa. Com Substitutivo n. 01.

 

PROC. N. 2109/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 100/05, de autoria do Ver. Claudio Sebenelo, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Maestro Isaac Karabtchevsky.

 

PROC. N. 2217/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 105/05, de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que denomina complexo Viário Papa João Paulo II o conjunto de vias e obras arquitetônicas que integram o complexo da Terceira Perimetral.

 

PROC. N. 2267/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 106/05, de autoria das Vereadoras Manuela d'Ávila e Sofia Cavedon, que institui o Programa de Transporte Escolar Municipal Gratuito – Vou à Escola –, no Município de Porto Alegre, para alunos do Ensino Fundamental e Médio matriculados nas escolas municipais e estaduais, e dá outras providências.

 

PROC. N. 3538/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 106/05, de autoria do Ver. Raul Carrion, que institui, no âmbito da Câmara Municipal de Porto Alegre, programação histórico-cultural-educacional alusiva à Revolução Farroupilha, cujos eventos ocorrerão nas dependências da Câmara durante a semana que antecede o dia 20 de setembro.

 

PROC. N. 3556/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 178/05, de autoria do Ver. Maurício Dziedricki, que dispõe sobre a regulamentação das paradas de ônibus no perímetro urbano do Município de Porto Alegre.

 

PROC. N. 3562/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 179/05, de autoria da Ver.ª Margarete Moraes, que institui a Política Municipal de Prevenção, Identificação e Coibição de Práticas de Violência ou de Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no Município de Porto Alegre.

 

PROC. N. 4000/05 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N. 027/05, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que acrescenta art. 46-A à Lei Complementar n. 234, de 10 de outubro de 1990, e alterações posteriores (Código Municipal de Limpeza Urbana), incumbindo ao Executivo Municipal e DMLU a divulgação na Internet dos roteiros diários de varrição e capina dos logradouros públicos.

 

PROC. N. 4061/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 115/05, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que concede o título honorífico de Líder Comunitário ao Padre Antônio Juarez de Moura Maia.

 

PROC. N. 4356/05 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 010/05, que dispõe sobre o Programa Municipal de Parcerias Público-Privadas. Com Emendas nos. 01 a 05.

 

PROC. N. 1163/01 - SUBSTITUTIVO N. 01, de autoria do Ver. Adeli Sell, que dispõe sobre Noções de Primeiros Socorros, como tema transversal e interdisciplinar nas escolas públicas municipais de Porto Alegre, ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 048/01, de autoria do Ver. Haroldo de Souza. Com Emenda n. 01 ao Substitutivo n. 01.

 

PROC. N. 2446/01 - SUBSTITUTIVO N. 01, que autoriza o Executivo Municipal a implantar a Ouvidoria Pública no âmbito do Município de Porto Alegre, ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 163/01, ambos de autoria do Ver. Adeli Sell. Com Emenda n. 01.

 

PROC. N. 0806/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 030/02, de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que disciplina a circulação de veículos de tração animal no Município de Porto Alegre e dá outras providências. Com Emendas nos. 01 a 07, e Subemenda n. 01 à Emenda n. 06.

 

PROC. N. 0123/05 - SUBSTITUTIVO N. 01, que fica o Poder Executivo proibido de realizar qualquer tipo de antecipação de receita durante os últimos doze meses do mandato, ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 009/05, ambos de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo.

 

PROC. N. 0480/05 - SUBSTITUTIVO N. 01, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que proíbe a afixação de faixas, cartazes e placas para divulgação de eventos, promoções, serviços e produtos de qualquer espécie, idéias ou pessoas em postes, árvores, abrigos de paradas de ônibus, pontes, viadutos e similares, dentro dos limites do Município de Porto Alegre, ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 025/05, de autoria da Ver.ª Margarete Moraes.

 

PROC. N. 2938/05 - SUBSTITUTIVO N. 01, de autoria do Ver. Adeli Sell, que altera a redação dos arts. 1º, 2º e 3º da Lei n. 8.284, de 24 de março de 1999, que dispõe sobre a campanha permanente de incentivo à arborização de ruas, praças e jardins da Cidade, ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 139/05, de autoria do Ver. Haroldo de Souza.

 

PROC. N. 2965/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 142/05, de autoria do Ver. Adeli Sell, que dispõe sobre as condições de funcionamento dos Gabinetes de Tatuagem e de Piercing.

 

PROC. N. 4118/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 116/05, de autoria do Ver. Carlos Comassetto, que institui, na Câmara Municipal de Porto Alegre, o ano comemorativo do centenário de nascimento do Escritor Mário Quintana.

 

PROC. N. 4281/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 118/05, de autoria do Ver. Maurício Dziedricki, que concede o prêmio artístico “Lupicínio Rodrigues” ao Músico José Augusto Pereira da Silva.

 

PROC. N. 4625/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 217/05, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Carlos Roberto Camargo Oliveira.

 

PROC. N. 3012/99 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 167/99, de autoria do Ver. Elói Guimarães, que dispõe sobre alteração de local de monumentos e estátuas com significação histórica ou simbólica.

 

PROC. N. 3712/05 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 112/05, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que altera a resolução n. 1.178, de 16 de julho de 1992, e alterações  posteriores, incluindo alínea “p” no § 1º do art. 94,  e dá nova redação ao § 2º desse mesmo artigo,  ao caput do art. 158 e ao §1º do art. 176, admitindo verificação de quórum visual, bem como passando para três minutos o tempo destinado à votação nominal.

 

PROC. N. 4120/05 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N. 030/05, de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que inclui parágrafo único no art. 20-A da Lei Complementar n. 12, de 07 de janeiro de 1975, e alterações posteriores, que institui posturas para o Município de Porto Alegre, estabelecendo condicionantes para o cercamento de logradouros públicos, como largos e parques.

 

PROC. N. 4163/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 194/05, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que denomina Rua Flor de Pessegueiro um logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro Vila Nova.

 

PROC. N. 4164/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 195/05, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que denomina Rua Flor de Jacarandá um logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro Vila Nova.

 

PROC. N. 4165/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 196/05, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que denomina Rua Flor do Campo um logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro Vila Nova.

 

PROC. N. 4166/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 197/05, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que denomina Rua Flor de Maio um logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro Vila Nova.

 

PROC. N. 4310/05 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 120/05, de autoria da Ver.ª Maristela Maffei, que institui o Prêmio Sepé Tiaraju, Herói Guarani Missioneiro Rio-Grandense, que será concedido, anualmente, a lideranças destacadas do Município, e objeto de Resolução.

 

PROC. N. 4315/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 200/05, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua San Marino um logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro Jardim do Salso.

 

PROC. N. 4372/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 204/05, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que dispõe sobre a oficialização do evento Feira da Reitoria no Município de Porto Alegre e dá outras providências.

 

PROC. N. 4380/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 205/05, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Manuele Cristiane Gonçalves um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Vila Nova.

 

PROC. N. 4383/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 207/05, de autoria da Ver.ª Maria Celeste, que denomina Rua Líder Comunitário João da Silva um logradouro público cadastrado, atualmente conhecido como Rua Leão Licurgo Brasiliano Arano, e Rua Leão Licurgo Brasiliano Arano um logradouro público cadastrado, atualmente conhecido como Rua Líder Comunitário João da Silva, ambos localizados no Bairro Vila Nova, e revogam-se as Leis n. 9.711, de 30 de dezembro de 2004 e n. 9.327, de 19 de dezembro de 2003.

 

PROC. N. 4421/05 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N. 032/05, de autoria do Ver. Adeli Sell, que inclui inciso V no art. 33 da Lei Complementar n. 12, de 07 de janeiro de 1975, e alterações posteriores, instituindo dispositivo para o cancelamento de licença de localização em casos comprovados de fabricação, comercialização e transporte de produtos industrializados ilegalmente, falsificados ou receptação de roubo.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. N. 3684/05 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N. 026/05, de autoria do Ver. Carlos Comassetto, que altera a redação do caput do art. 14 da Lei Complementar n. 434, de 1º de dezembro de 1999, e alterações posteriores – PDDUA –, mediante acréscimo ao conjunto de bens imóveis de valor significativo que integram o Patrimônio Cultural as áreas remanescentes de quilombos.

 

 

PROC. N. 3740/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 183/05, de autoria da Ver.ª Neuza Canabarro, que autoriza ao Executivo Municipal a instalação de semáforos com temporizador de contagem regressiva, no Município de Porto Alegre, mediante licitação.

 

PROC. N. 3811/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 184/05, de autoria da Ver.ª Manuela d'Ávila, que altera o inciso V do art. 4º da Lei n. 9.725, de 1º de fevereiro de 2005, que dispõe sobre o funcionamento das casas de jogos por computador, alterando para as 22h o horário permitido aos menores de 18 anos.

 

PROC. N. 3817/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 185/05, de autoria da Ver.ª Manuela d'Ávila, que institui o Dia da Inclusão Digital no Município de Porto Alegre, a ser comemorado, anualmente, no último sábado do mês de março.

 

PROC. N. 3856/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 187/05, de autoria da Ver.ª Maria Celeste, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Manfred Flöricke.

 

PROC. N. 4031/05 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N. 028/05, de autoria da Ver.ª Mônica Leal, que dispõe sobre a adoção de ambulatórios odontológicos nos postos de saúde próximos a creches e escolas do Município.

 

4ª SESSÃO

 

PROC. N. 2166/05 – SUBSTITUTIVO N. 01, de autoria do Ver. Luiz Braz, que altera a redação do parágrafo único do art. 19 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, que veda a prática de nepotismo em todos os níveis da Administração Pública Municipal, ao PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA N. 007/05, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni.

 

5ª SESSÃO

 

PROC. N. 3677/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 110/05, de autoria do Ver. Ibsen Pinheiro, que modifica a redação da alínea “f” do § 3º do art. 94 da Resolução n. 1.178, de 16 de julho de 1992, e alterações posteriores (Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre), admitido somente um requerimento de adiamento de discussão ou votação por proposição em cada sessão.

 

PROC. N. 3695/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 111/05, de autoria do Ver. João Antonio Dib, que revoga o § 1º do art. 218 e o art. 227-C da Resolução n. 1.178, de 16 de julho de 1992 e alterações posteriores (Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre). (subsídios/Vereador em cargo no Poder Executivo)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Mônica Leal está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, telespectadores da TVCâmara, senhores e senhoras, nós temos hoje em Pauta um Projeto de nossa autoria, que trata sobre as condições de funcionamento dos gabinetes de piercing e tatuagem, assunto da maior importância para a saúde pública, pois hoje proliferam pela Cidade, pelo Estado e pelo País muitos e muitos gabinetes de tatuagem e colocação de piercing sem qualquer fiscalização, até porque a fiscalização teria que se basear única e exclusivamente nas leis gerais da Vigilância Sanitária, porque não temos nem em nível federal, nem em nível de Estado, muito menos em nível municipal, qualquer legislação que cuide da questão dos gabinetes de tatuagem e piercing. A única medida avançada que existe é, na verdade, uma Resolução da Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo, pela qual eu me guiei para fazer os primeiros estudos sobre o tema. Reunimo-nos, recentemente, na Faculdade de Odontologia, a chamado da mesma, exatamente por causa da colocação de piercings em partes sensíveis da boca, do aparelho bucal, e, com essas informações, com esses dados, com esses elementos, eu pude compor o Projeto de Lei que trata da regulamentação, dos cuidados que devemos ter com a tatuagem e a colocação de piercings. Nós temos estudos, inclusive na Faculdade, eu já estou fazendo um pedido para que, quando debatermos na Comissão de Saúde e Meio Ambiente, dirigida pelo nobre colega Sebenelo, possamos fazer um debate chamando especialistas de saúde pública para tratar da questão. Já enviei esse Projeto de Lei ao nobre Secretário Pedro Gus, da Saúde, para que ele tratasse desse tema com a Vigilância Sanitária.

Estou aguardando um retorno da questão da Vigilância Sanitária. Em março, eu recebi dos doutos funcionários da Vigilância Sanitária uma posição sobre as câmaras de bronzeamento, que é outro Projeto de Lei de minha autoria, porque nós sabemos o quanto hoje é importante a questão da estética na sociedade, e como a economia da moda, da beleza, dos cuidados com o corpo têm tido uma presença constante nos meios de comunicação, assim como têm tido uma presença constante na grande publicidade, arrecadando verdadeiras fortunas. Só para dar um exemplo, a jovem Gisele Bündchen tem, hoje, uma fortuna em torno de 150 milhões em tão pouco tempo da sua carreira. Então, as senhoras e os senhores podem imaginar como essas questões do cuidado com o corpo, de estética, de beleza, de moda, e, em particular, essa questão que tanto agrada setores importantes da nossa juventude, como é a colocação de tatuagens em vários pontos de seu corpo, bem como a colocação de piercings, deve ser algo com o qual devemos ter um cuidado extremo, muito grande com a saúde, com a saúde pública, de modo especial.

Hoje nós temos um dia agitado nas galerias de Porto Alegre, nas galerias onde se discutem programas que têm tudo a ver com a nossa Cidade, seja aqui na Cidade Baixa, no bairro Rio Branco, e vejo pessoas preocupadas com a situação daquele Bairro, seja no Moinhos de Vento, acompanhando a nossa Sessão.

Então, eu queria chamar a atenção dos meus colegas Vereadores e Vereadoras, da população de Porto Alegre que a questão dos gabinetes de tatuagem e a colocação de piercings deve ser uma preocupação com a saúde do nosso povo, porque são nossos filhos, são nossos netos, são nossos sobrinhos que, hoje, dentro desse aspecto da publicidade, são muito afeitos a esse tipo de busca incessante da beleza, que pode causar graves problemas para a sua própria saúde. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Registramos a presença dos Vereadores Sílvio Luís Capitani, Vereador pelo PSDB, da cidade de Entre Rios; e Evandes Lazaroto, Vereador pelo PMDB, de Aratiba, ambas cidades do nosso Estado. Sintam-se como se nas suas Câmaras estivessem. O Ver. Raul Carrion está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. RAUL CARRION: Exmo. Ver. Elói Guimarães, peço desculpas porque não percebi que havíamos entrado na Pauta, estávamos ali parlamentando com as comunidades que estão preocupadas com as votações da Ordem do Dia de hoje, e, legitimamente, estão procurando debater com os Vereadores.

Eu queria, em primeiro lugar, tratar do PR nº 062/01, que é de minha autoria, e que institui a Língua Brasileira de Sinais - Libras - como uma das formas de comunicação entre a Câmara e a sociedade.

Nós temos hoje, meu Presidente, através da TVCâmara, um contato direto com os cidadãos. Ocorre que uma parcela significativa dos cidadãos e cidadãs é surda, tem deficiência auditiva e não tem, portanto, assegurado o acesso aos debates, às discussões, ou, se vem assistir a um debate aqui nesta Casa, não tem esse acesso.

Nós entendemos que seria um avanço - o meu Projeto tem um Substitutivo que buscou aperfeiçoá-lo - que as Sessões Plenárias da Câmara Municipal, sejam as Sessões Ordinárias, sejam as Extraordinários ou as Solenes, que são Sessões transmitidas pela TVCâmara, sejam traduzidas, Ver. Sebastião Melo, simultaneamente, na Língua Brasileira de Sinais - Libras. Esse é um Projeto que nós estamos submetendo à consideração de todos os Vereadores, e pedindo o seu apoio.

Um outro Projeto do qual gostaríamos de tratar no dia de hoje, é o Projeto de Resolução nº 106/05, de minha autoria, que procura fazer com que, na Câmara Municipal de Porto Alegre, todos os anos, se realize uma programação alusiva à Revolução Farroupilha, no dia 20 de setembro ou no dia que antecede. Mas a nossa idéia é que a Semana Farroupilha não seja unicamente uma Sessão Solene, Ver. Todeschini, mas que, durante toda essa semana, aqui nesta Casa, nós tenhamos atividades, por exemplo, no nosso Teatro Glênio Peres, nas salas de exposições, como filmes, palestras, espetáculos musicais, espetáculos teatrais e assim por diante, para que as escolas, os cidadãos e cidadãs que têm interesse em conhecer o passado para poder entender o presente e para projetar o futuro tenham a oportunidade de participar. Tomamos a iniciativa exatamente neste ano, quando se comemoram os 170 anos da Revolução Farroupilha.

Também queríamos apoiar o Projeto de Lei, de autoria da Verª Manuela d’Ávila, que institui em Porto Alegre o Dia da Inclusão Digital, a ser comemorado, anualmente, no último sábado do mês de março, e tem por objetivo sensibilizar a sociedade civil, as empresas, os governos para a importância da inclusão digital, principalmente de comunidades de baixa renda e o público com necessidades especiais. O tempo não me permite tratar de diversos outros projetos interessantes e importantes que hoje estão na Pauta, mas como eles correrão Pauta outras vezes, Ver. Nedel, nós pretendemos abordá-los oportunamente. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Obrigado, Vereador. O Ver. Maurício Dziedricki está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. MAURÍCIO DZIEDRICKI: Exmo. Sr. Presidente, Ver. João Carlos Nedel, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, o que me traz à discussão de Pauta na Sessão de hoje é justamente o fato de apresentar dois Projetos que considero de certa relevância para o nosso Município. Um deles é o PLL nº 180/05, que dispõe sobre a instalação de sinalizadores com dispositivos sonoros e luminosos em edificações com garagens de pouca visibilidade para vias públicas; e o outro, o PLL nº 178/05, que dispõe sobre a regulamentação das paradas de ônibus no nosso Município. Eu quero falar principalmente do Projeto que trata da questão da sinalização nas saídas de garagens, levantando a discussão junto aos nossos nobres Vereadores dessa disputa que existe entre o carro e o homem. O carro, infinitamente maior, mais forte, mais agressivo nas mãos de um condutor mal habilitado, acaba agredindo a vida humana, que é o bem maior que nós devemos preservar. E eu trago aqui um dado do Ministério da Saúde, apontando que, em 2001, mais de mil e 200 crianças morreram e mais de 20 mil ficaram feridas em atropelamentos nas calçadas e nos passeios públicos, nas cercanias dos domicílios e das saídas dessas garagens mal sinalizadas. Este Projeto visa, necessariamente, à diminuição dos acidentes com a vida humana e com aqueles carros que não têm uma melhor visualização das saídas das garagens e acabam ofendendo diretamente, abalroando outros carros, colidindo. Enfim, existe também a questão do dispositivo luminoso, fato de preservação para aquele deficiente auditivo; e o sonoro aos mais desatentos ou aos cidadãos da terceira idade, que possuem menor agilidade, ao adentrar o passeio público nas saídas de edifícios ou ao circular o passeio público, eles têm que acompanhar os dispositivos sonoros e luminosos, a fim de melhor assumirem esse espaço de circulação, preservando-se, assim, evitando essas colisões.

Há um regramento nacional sobre o qual trata o Código de Trânsito Brasileiro, em seu art. 86, que já fala dessa realidade, regulamentando-a. Porém, há de se evocar aqui o interesse do Município em resolver essas questões, e então considero de extrema importância criarmos uma regulamentação envolvendo a EPTC, envolvendo a SMOV, inclusive nas suas liberações burocráticas, mas liberações que devem estar acompanhadas do quesito preservação à vida e regramento de trânsito. Segue o exemplo do que acontece já na cidade de Curitiba, na cidade de Governador Valadares, Campinas, onde temos um regramento explícito, e esse deve atender normativamente todos aqueles transeuntes da cidade de Porto Alegre.

E o outro Projeto, Ver. Dib, a quem consultei e gostaria da sua futura discussão, dispõe sobre essa questão das paradas de ônibus. O que vejo, e foi motivado justamente por esse depoimento, é o fato de o trabalhador, às 4h, 4h30min, 5h da manhã, sair de casa rumo ao trabalho, buscando uma condução digna, enfrentar ônibus lotados. Somado a isso, a essa prejudicialidade que existe no transporte, eles se vêem obrigados a ficar à mercê do tempo, das intempéries. Isso nos causou motivação para adotar uma postura em que possamos assumir coberturas para as paradas de ônibus, uma identificação clara das linhas que por ali passam, com os horários ali dispostos para que o trabalhador e o nosso companheiro que usa o sistema público de transportes possa ver quais linhas que por ali passam. Essa sistemática já foi adotada em muitas capitais, é a garantia de uma política de transporte público de qualidade, que passa, necessariamente, pelo incremento do mobiliário urbano, fazendo com que os moradores tenham dignidade e, mais do que isso, conforto para aqueles que aguardam muitas vezes por quinze, vinte, trinta minutos, até uma hora o ônibus, a sua condução de casa-trabalho-trabalho-casa e aquela que os leva aos seus compromissos particulares.

Então, esse regramento, pelo qual pretendo auxiliar a Prefeitura de Porto Alegre, é justamente nesse sentido: fazer com que tenhamos uma melhora do sistema de transporte público de Porto Alegre, referendando, qualificando o nosso mobiliário urbano e fazendo com que nós possamos, mais do que nunca, qualificar a vida do nosso porto-alegrense.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Ver. Nedel, colegas Vereadores e colegas Vereadoras, especialmente os moradores de vários bairros da cidade de Porto Alegre - todos eles profundamente identificados com as várias lutas da nossa Cidade -, eu venho a esta tribuna, Ver. Paulo Odone, Ver. Carrion, Ver. Brasinha, principalmente a comunidade, para externar a nossa opinião sobre esse tema que envolve o alongamento das mesas de bares nas calçadas de Porto Alegre.

Eu quero dizer que eu fui um dos proponentes, Verª Mônica Leal, entre vários Vereadores, de criar um fórum permanente para debater essa matéria. Aqui no Plenário Ana Terra, o Secretário Cecchin, comunidade, Vereadores, estivemos reunidos em duas reuniões, onde houve uma combinação, sem nenhuma contestação, de que qualquer medida para trazer a este Plenário deveria ser fruto de uma grande discussão, quando se procuraria chegar a um consenso naquele fórum. Foi esse o acordo que eu assinei tacitamente.

O meu querido, amado Ver. Brasinha resolve propor um Projeto, que merece o respeito, porque é proposto por um dos Pares mais extraordinários desta Casa, mas que não passou por nenhuma Comissão desta Casa - nenhuma Comissão - vem à votação, e aí se faz uma penca de emendas.

Eu quero dizer, especialmente à comunidade, que hoje a Lei existe e, muitas vezes, ela não é respeitada. E ela não é respeitada, porque a Lei que hoje está em vigor foi regulamentada, baseada no Código de Posturas do Município, Ver. Paulo Odone, que coloca multas ínfimas. Conseqüentemente, os donos de bar preferem ser multados a cumprir a Lei. E fica por isso mesmo, Ver. João Dib. Então, se lei tiver que ser aprovada aqui, deve ter outro artigo que diga que o cidadão que desrespeitá-la pagará 500 Ufir; se repetir o erro pagará um mil Ufir; e, se outra vez acontecer, o alvará será cassado! Porque não adianta haver lei para estender para as 2h, e aí há emenda que quer às 3h e não há sanção, Sr. Presidente.

Então eu quero fazer um apelo ao Ver. Brasinha, quero fazer um apelo aos meus colegas Vereadores: nós temos espaço para construir um bom projeto, Verª Mônica, há espaço para trabalhar isso, nós não podemos fazer aqui uma guerra entre moradores e comerciantes. Os moradores compraram, adquiriram os seus imóveis, têm direito ao sossego, sim. Aos comerciantes, nós não queremos tirar o emprego de ninguém, tirar os seus negócios. Para isso, tem que ter muito diálogo. Não há, neste caso, a possibilidade de uma lei ideal, porque a lei ideal seria aquela com capacidade de dizer o seguinte: o que os moradores querem? Acabar, fechar os bares da Cidade Baixa. Isso é possível? Não!

 

(Manifestações nas galerias.)

 

Eu estou falando em tese. O ideal seria ter uma zona só para bares, uma região só para boates, uma região só para oficinas mecânicas, mas a Cidade não foi concebida assim, a Cidade que nós construímos é miscigenada e, portanto, eu tenho que administrar esses conflitos.

Na nossa avaliação, o pior dos acordos é melhor do que qualquer decisão judicial. Então, eu acho que querer votar essa matéria hoje não é o bom caminho. Eu propus à minha Bancada de a gente conversar sobre esse assunto na segunda-feira, porque haviam dito para o Ver. Brasinha que queriam votar na semana que vem. E eu chego aqui no plenário, e dizem que querem votar hoje. Portanto, a nossa Bancada nem tem posição sobre isso, mas vamos tratar disso.

Quero dizer que, se tentarem votar hoje, eu vou usar do instrumento regimental para obstruir a votação, porque eu não acho correto ter acertado uma coisa no coletivo e fazer outra no individual.

Sou parceiro para ajudar a construir. Tenho conversado muito com a comunidade, tenho ido a todos os fóruns e não quero nem discutir o mérito, Presidente, eu quero discutir procedimentos. Eu acho que o procedimento hoje é açodado de querer votar uma lei que, no mínimo, se ela tiver que ser assim, tem que ter uma sanção para poder fazer valer efetivamente, porque senão eu vou ter mais uma lei natimorta nesta Cidade, que não tem eficiência, e portanto, não é lei, é qualquer outra coisa.

Portanto, essa é a nossa manifestação. E, na expectativa de que a gente possa construir no debate um bom caminho, que esse fórum possa permanecer, e, juntos possamos encontrar a adequação dessa Lei a favor da Cidade. Não excluindo ninguém, mas incluindo o comércio, os moradores de todos os bairros, porque a Lei não é só para a Cidade Baixa, a Lei é da Cidade, tem que ouvir o Sindicato dos Bares e Hotéis, tem que ouvir as Associações do bairro Moinhos de Vento, do bairro Rio Branco e outras comunidades. É isso, Sr. Presidente, muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra em Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, ontem, na Sessão normal, eu dizia, desta tribuna, que uma das coisas boas para o Brasil seria a diminuição do número de Deputados Federais, Senadores e Vereadores. Um Vereador, aqui, ficou muito brabo, considerou que eu estaria ofendendo a Casa, porque eu dizia tal coisa. Nos últimos 23 anos eu sempre falei que tínhamos que diminuir o número de Vereadores, e ninguém se sentiu ofendido. É verdade que eu não tive dificuldade, nenhuma vez, para me eleger e reeleger; desde 1982 eu tenho sido o mais votado do meu Partido, e não troquei de Partido; já fui até o mais votado da Cidade, o segundo mais votado, mas isso não faz diferença, eu continuo pensando que se tem que diminuir o número de Vereadores, Deputados Federais e Senadores.

O homem público tem que ter sensibilidade e capacidade de resposta. Se ele não tiver isso, ele não é um homem público, ele não pode nem pensar em ser Vereador, Deputado, Senador ou Prefeito, o que quiser. Nós temos 36 Vereadores, e hoje, na Pauta, há 31 Projetos de Lei para serem examinados. Um é do Executivo, e ele é muito importante, porque criaria empregos na Cidade. Desde o dia 2, eu reclamo que ele deveria estar na Pauta; entrou na Pauta no dia de hoje. É o único do Executivo.

Se eu disse que o homem público tem que ter sensibilidade e capacidade de resposta, qual foi a resposta que nós demos ao povo de Porto Alegre, que veio a este plenário fazer uma Audiência Pública com a Comissão de Finanças? E nós ouvimos todos reclamarem contra o excesso de horário dos bares.

O Ver. Brasinha apresentou um Projeto de Lei, e eu até disse que era uma iniciativa elogiável, porque daria a possibilidade de que nós analisássemos o Projeto e chegássemos a uma solução com a coletividade. Mas por que eu dizia isso? Eu tinha convocado, na Comissão de Finanças, uma reunião para ouvir quatro Secretários do Município. Não apareceu nenhum! Deixamos por mais uma semana; outra vez os convidamos e todas às vezes tivemos a confirmação de que eles compareceriam. Nenhum compareceu! O que me caberia fazer, se eu tinha a responsabilidade da Comissão de Finanças e da Audiência Pública, senão fazer uma comunicação ao Prefeito? Eu disse ao Prefeito que eu havia convidado os quatro Secretários - que não compareceram -, mas que não havia problema, havia a Lei, e cumpra-se a Lei, e a Lei diz que a calçada tem que ter quatro metros, no mínimo, se tiver três e noventa e nove não vale; há que deixar um metro e meio para os pedestres, e não se pode utilizar nenhum aparelho. Mas nós somos 36 Vereadores. Há várias opiniões, aqui, mas nós somos 36 representantes do povo, e não é diferente disso aí. Eu sei que povo são todos os cidadãos da Cidade, mas nós temos que ficar com a maioria; nós temos que ficar com os que sofrem. E não pode ser diferente. Eu não gostaria de estar tratando desse problema aqui e agora, eu preferia falar apenas do número de Deputados, Senadores, para não termos um Senador como o Sr. José Sarney, que é Senador por um Estado que não conhece, pois mora num outro Estado. Eu preferiria continuar dizendo o que eu digo há 23 anos: que eu gostava mais desta Câmara com 21 Vereadores. Mas, agora, eu cheguei à conclusão de que se houvesse 11 seria muito melhor! Seria muito melhor! Sobraria recurso para fazer muitas coisas nesta Cidade, inclusive para fiscalizar a aplicação da Lei! Nós temos Lei. Eu só quero que cumpram a Lei. Agora, se quiserem discutir as leis, eu ainda posso discutir as leis também e ser um pouquinho mais rigoroso do que agora. Ou se cumpre a Lei, e nós não precisaríamos ter as orelhas puxadas pelos sofredores - e eles têm todo o direito de puxar as nossas orelhas -, se nós cumpríssemos as leis. Não, mas nós fazemos mais leis! Nós somos 36. Há 31 Projetos de Lei, hoje. Um é do Executivo e 30 são dos Vereadores. Nenhum é meu. Mas disto é que nós precisamos: responsabilidade e seriedade, além de não esquecer de que o homem público tem de ter sensibilidade e capacidade de resposta e saber como se responde àqueles que sofrem. Os senhores têm razão; os senhores têm de ser atendidos; os senhores serão atendidos. Saúde e PAZ! (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, prezados Vereadores, prezadas Vereadoras, prezado público que nos assiste, dos diversos projetos que estão em Pauta hoje, em primeira Sessão, há um de nossa autoria que quero aqui citar rapidamente, para, logo em seguida, entrar no Projeto que propõe o cercamento dos parques em Porto Alegre. O Projeto de nossa autoria é um projeto simples, e fazemos referência ao grande poeta Mário Quintana, que no último dia 30 de julho completaria 99 anos. O próximo ano é o centenário de nascimento desse nosso grande poeta. Estou destinando a matéria para esta Casa apreciar para que venhamos a instituir o ano comemorativo ao centenário de nascimento do escritor Mário Quintana. Mário Quintana, num de seus poemas mais clássicos, que é o “Poeminha do Contra”, dizia: “Todos esses que aí estão, atravancando o meu caminho, eles passarão, eu passarinho”. Pois o Projeto que vem a seguir, de autoria do Ver. Ibsen Pinheiro, que propõe o cercamento dos parques, certamente traz uma contradição ao poeta Mário Quintana. Se cercarem os parques por ali, “ninguém passarão”.

Portanto, meus senhores e minhas senhoras, nós estamos propondo, por meio de um Projeto de Lei, realizar um plebiscito para decidir sobre o cercamento dos parques de nossa Cidade. Creio ser essa uma medida, um Projeto que tem que ser derrotado; tem que ser derrotado porque, no próprio Plano Diretor, as praças e parques são conceituados como espaços abertos. Se são espaços abertos, por que temos nós que propor ou nos preocupar com esses espaços que preconizam a liberdade do ir e vir? Será que é devido ao tema da insegurança da sociedade que há esta proposta? Com certeza absoluta, se nós cercarmos os parques, o tema da segurança ou da insegurança não será resolvido. Nós temos recursos públicos para cercar os parques? Nosso Parque da Redenção tem 32 hectares; nosso Parque Marinha tem mais de 50 hectares. Quanto custa para cercar esses parques públicos? Será que não é muito melhor investirmos esses recursos em programas de educação ambiental para qualificarmos, cada vez mais, a relação com o meio ambiente e a cidadania na nossa Cidade, para entender e preservar os patrimônios públicos e a qualificação da sociedade, no relacionamento entre os seus cidadãos, no relacionamento para construir, isso sim, a cultura da paz?

Portanto, quanto a esse Projeto que propõe a questão do plebiscito para que a Cidade venha a discutir o cercamento dos parques, para mim, cercamento é igual a cerceamento, cerceamento do ir e vir; cerceamento dos espaços que estão conceituados no nosso Plano Diretor - e vamos começar a discutir, em breve, a sua revisão, nesta Casa - como espaços abertos. Então, nós vamos ter de mudar o conceito no Plano Diretor, se quisermos ter esse plebiscito para analisar, vamos ter que conceituar - arquitetos aqui presentes nas galerias - como espaços cercados. Este Projeto, que propõe à população se manifestar sobre o cercamento de logradouros públicos, como largos e parques, com áreas superiores a 5 ha, não contribui, no nosso ponto de vista, com a construção da solidariedade, das posturas de igualdade, da fraternidade e da qualificação ambiental de nossa Cidade.

Portanto, assim, fraternalmente, V. Exª, autor deste Projeto, receba a nossa crítica, e o debate está aberto sobre a questão do cercamento dos parques em Porto Alegre. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) A Verª Maria Celeste está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir a Pauta.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; nobres Pares, Vereadores e Vereadoras, entra em Pauta hoje um Projeto de Lei, de minha autoria, construído com a Verª Manuela d’Ávila, portanto, de nossa autoria, fruto da reflexão e do embate, da mobilização do início do ano da juventude em protesto à mudança, à majoração da passagem nesta Cidade, que foi um processo que não teve todo o seu mérito demonstrado para a sociedade.

A juventude trouxe, além da sua inconformidade com os valores da passagem, o drama do acesso à escola da juventude pobre do Ensino Médio. E nos debates que tivemos com eles, eu lembrava do Projeto que foi construído com a sociedade, com os Conselhos Tutelares, com as lideranças comunitárias das regiões que viviam o dia-a-dia das crianças do Ensino Fundamental, porque se a nossa Cidade tem matrículas, vagas, suficientes para todas as crianças de 7 a 14 anos, ainda muitas moram longe da escola. E as crianças do Ensino Fundamental, muitas, especialmente na Zona Sul, na Lomba do Pinheiro, sofriam humilhações; aqui na Glória, há dificuldades, muitas vezes elas são retiradas dos ônibus, e precisavam pegar uma carona para poder chegar a sua escola. Esse Projeto foi construído em Porto Alegre num processo, primeiro, piloto, depois incorporado nos custos, não da tarifa, mas nos custos já incorporados de transportes nesta Cidade. Chegou-se, então, à construção da supressão de um passe-livre e meio por ano e podemos possibilitar que quase duas mil crianças - e hoje acredito que já são mais - usem, regularmente, com carteirinha, com ficha diferenciada, o ônibus para ir à escola de forma gratuita.

Bom, com a mobilização dos jovens do Ensino Médio, nós vimos nesse Projeto um caminho para a juventude que não consegue ir à escola de Ensino Médio, porque é impossível pagar passagem. Se a escola de Ensino Fundamental, que tem um atendimento muito mais universalizado, espalhado no conjunto das regiões da Cidade, tem essa dificuldade de distância, imaginem vocês as escolas de Ensino Médio, que são em número muito menor e que não atendem o total da juventude que gostaria e precisaria estudar, a distância é muito maior para os jovens. Uma grande parcela da juventude do Ensino Médio precisa pegar ônibus para ir à escola.

E aí vocês vão me dizer que há a passagem escolar. Mas vocês imaginem as famílias das vilas, como a Vila Dique, como a Vila Nova Santa Rosa, inúmeras vilas em que eu pude testemunhar, pessoalmente, conhecer meninos e meninas, que só não vão à escola, porque a família não tem nem como pagar 50% de duas passagens diariamente para chegar numa escola de Ensino Médio. E o drama que vive a juventude, hoje, na questão do desemprego, na questão do empobrecimento das suas famílias, o envolvimento em gangs, em drogas, é acentuado por essa impossibilidade de chegar à escola.

Então, o Projeto de Lei que nós trazemos aqui, não traz custo novo. Ele visa a regularizar ou transformar em Lei o Projeto Vou à Escola - hoje o Projeto Vou à Escola é só para o Ensino Fundamental - e estender, progressivamente, ao Ensino Médio com critérios claros de carência, de distância - tem de ter uma distância mínima ou que exija usar meio de transporte para chegar à escola -, de idade, de ser escola pública. Uma série de critérios estende ao Ensino Médio e prevê para o financiamento disso a supressão de alguns passes livres. Nós não achamos que esse benefício, essa conquista do passe livre deva ser extinta totalmente, mas para não onerar a passagem é possível que se suprimam alguns deles, garantindo as datas de festas populares, de eleições, de vacinação e se garanta gratuidade para os jovens com renda baixa, morando longe da escola e estudando em escola pública.

Então, esse é o Projeto de Lei que eu e a Verª Manuela queremos trazer para esta Casa, para discussão com o Governo, com a sociedade e quem sabe não é uma luz para resolver um problema sério, hoje, da Cidade, que é o acesso ao Ensino Médio. Obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Encerrada a Pauta.

O Ver. Raul Carrion está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. RAUL CARRION: Exmo. Ver. Elói Guimarães, demais Vereadores e Vereadoras, todos que acompanham os trabalhos, queria, falando em Liderança, tratar de uma importante reunião, Ver. Aldacir Oliboni, que tivemos na CUTHAB, nessa terça-feira, com a Inter-Sindical Portuária. Estavam presentes o Sindicato dos Portuários; o Sindicato dos Conferentes; o Sindicato da Praticagem, que faz a condução dos navios na lagoa; o Sindicato dos Estivadores; os Vereadores da Comissão, quando tratamos de um debate, Ver. Elói Guimarães, que está sendo importante no próprio Governo Municipal que é o problema do destino do nosso Porto. E é bom lembrar, Ver. Dib, que a nossa Cidade nasceu em torno do Porto; o nome da nossa Cidade é “Porto” Alegre. E hoje o que nós vemos, Verª Sofia, é que o Porto está abandonado. O Porto deverá fechar nos próximos anos se esta Cidade, a cidadania não fizer algo.

Para se ter uma idéia, em apenas sete anos, a partir de 1997, vieram ao Porto de Porto Alegre 172 navios, e já era pouco. No ano que passou, em 2004, 72, cerca de 35% do que vinha. Fala-se muito em revitalizar o Porto, mas o que é revitalizar o Porto? Revitalizar o Porto é fazer o nosso Porto novamente ter vida, ter trabalho, ter produção, prestar serviços à sociedade. Alguém pode dizer que o Porto de Porto Alegre já era, é algo que não interessa ao nosso Estado; quem sabe é uma luta corporativa dos portuários, dos conferentes e assim por diante.

Meus amigos e minhas amigas, todo e qualquer conhecedor mediano de transportes sabe que o transporte mais barato do mundo é o transporte aquaviário; o segundo mais barato é o transporte ferroviário e o mais caro, tirando o aeroviário, é o rodoviário. O Brasil é talvez o único País do mundo em que a sua matriz de transporte é essencialmente rodoviária, com grandes gastos em combustível - combustível que nós não temos, agora estamos atingindo a auto-suficiência -, o grande gasto nas rodovias, na manutenção delas, o gasto em vidas, em acidentes, a poluição, e assim por diante. As nossas ferrovias foram sucateadas, as hidrovias abandonadas, e esse é o caso do Porto de Porto Alegre. A tal ponto é o descaso com o Porto, Ver. Dib, que no nosso Plano Diretor não existe o Porto; no Plano Diretor de Porto Alegre não existe o Porto!

Pois bem, mas como nós somos dados a cópias, à imitação, ouvimos falar que em Buenos Aires há o Puerto Madero - o cais foi transformado numa área de lazer - e, aí, que nem macaquinhos, estamos - hoje é a grande novidade, Verª Maristela Meneghetti - fazendo do Porto de Porto Alegre um Puerto Madero. Só que 80% do PIB deste Estado está, no que nós chamamos, na Região Metapolitana; num raio de 100 quilômetros de Porto Alegre, está 80% do PIB. E as cargas da economia gaúcha, ou estão escoando pelos portos de Santa Catarina, fazendo todo o trajeto por rodovia, ou escoando por terra, pelo Porto de Rio Grande, quando nós temos a Lagoa dos Patos, que é uma das maiores hidrovias do mundo.

A CUTHAB vai fazer essa discussão. Dia 30, teremos uma grande Audiência Pública, aqui no Plenarinho Ana Terra, para discutir, desde a utilização cultural, de lazer do Porto, que é possível em algumas áreas, em alguns armazéns, até a recuperação do Porto como atividade produtiva de escoamento da produção, de um Estado que é importador e exportador também, e 90% ou 80% da produção poderia escoar via Lagoa dos Patos, tomando só Rio Grande algumas cargas. E diziam os técnicos que estavam presentes, ontem, que a navegação de cabotagem, a navegação para o Mercosul, Buenos Aires, Montevidéu, não precisaria de transbordo em Rio Grande. Seriam navios que poderiam aportar no nosso cais, poderiam navegar na Lagoa. Claro que são necessários alguns investimentos como iluminação, sinalização para que haja navegação noturna, para que os barcos não percam dois dias, uma política de taxas de transbordo melhor, a dragagem periódica dos canais. Ou seja, vamos discutir cultura, lazer no Porto, muito bem, mas vamos discutir a função econômica, importantíssima do Porto, que deu nome à nossa Cidade. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Senhores Vereadores e Senhoras Vereadoras, cumprimento, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, o conjunto das Associações de Bairro que, de forma muito preocupada e apreensiva, acompanham os trabalhos nesta Casa. Quero tranqüilizá-los, em relação à nossa Bancada, de que a nossa posição em relação ao funcionamento dos bares, tanto na Cidade Baixa quanto nos demais bairros, se por um lado é saudável que tenhamos vida noturna, que tenhamos bares, que tenhamos vida e não sejam bairros fantasmas, abandonados, por outro lado se faz muito necessário que regras coletivas sejam construídas e respeitadas, para que quem mora neles tenha os mesmos direitos de quem os usufrui para o lazer nas noites. E achamos, portanto, mesmo que a nossa Líder assine uma Emenda - ela mesma reconhece, fiz contato com ela hoje, está licenciada -, que não houve uma discussão na Bancada sobre a Emenda que amplia horários. Na verdade, a maioria dos nossos Vereadores tem desacordo com a ampliação de horários, desta maneira, para funcionamento dos bares, e, por outro lado, mesmo em relação ao Projeto do Ver. Brasinha, achamos que ainda falta muita discussão para encontrarmos, ou por consenso ou por maioria, em que termos haverá de se fazer funcionar os bares e empreendimentos públicos nessas áreas.

Enquanto não houver esse acordo representativo, fruto de discussão com as entidades representativas, com a sociedade, nós achamos que deve valer a Lei, e que o Governo tem obrigação de fazer cumprir a Lei que já existe, que já normatiza o funcionamento. Essa é a nossa posição e achamos que está precipitada a discussão. Portanto, não ajudaremos que ela aconteça hoje, nesse formato.

Outro tema que gostaria de falar, em nome da Bancada, é que nós, ontem, terminamos de votar o Plurianual e queremos aqui frisar que foi um processo bastante dificultado pelas mudanças da forma, pelos prazos, pela pouca participação popular, mas que foi um processo que firmou alguns compromissos, aqui, que nós queremos muito rapidamente repassar, como é o compromisso que a Lei de Diretrizes Orçamentárias venha com uma discussão mais amarrada da sociedade, Conselho do Orçamento, Fórum das Entidades, e fundamentalmente, contemple os grandes programas desta Cidade, de forma mais clara, acordada e pactuada com os agentes que participam já há muitos anos na construção de políticas públicas e da execução de políticas públicas em parceria com o Governo.

E destaco especialmente uma nova política que são os convênios com as entidades que trabalham com portadores de deficiência. Uma política nova cuja construção nós queremos acompanhar, parabenizando aqui o Ver. Oliboni pela Comissão Especial que deve acompanhar a construção desses convênios, que foi o acordo construído com o Fórum das Entidades através da discussão do Plurianual, aqui na Câmara de Vereadores.

E quero usar este último minuto para trazer uma reflexão à Liderança da base do Governo sobre dois temas que nos parecem que não estão à altura de uma Cidade, de um Governo que se propõe a governar com a Cidade, preservando a autonomia dos conselhos, fóruns da representatividade da sociedade civil.

Eu tenho em mãos um ofício da Secretária de Educação, Marilu Medeiros, ao Conselho Municipal de Educação que, ontem, na Comissão de Educação, Cultura e Esporte, causou inconformidade com a ingerência que a Secretária de Educação quer fazer no Conselho Municipal de Educação, órgão normatizador do sistema de ensino. A Secretária de Educação - algo inédito em Porto Alegre - determina a saída de uma assessora pedagógica do Conselho e designa outra assessora pedagógica da sua escolha, arbitrariamente.

Nós entendemos isso como desrespeito à autonomia desse órgão, que é representativo das entidades de Educação em Porto Alegre, dos quatro segmentos: pais, alunos, professores e funcionários. Um órgão que tem de ser fiscalizador, e, portanto, não pode ter, lá, uma assessoria designada pela SMED. Estamos nos colocando contrários a essa atitude, nos manifestando frente ao Governo Municipal. Tenho certeza de que se o Prefeito Fogaça souber disto não aprovará, porque isto é uma ingerência no Conselho, que já fez história e que é regido por Lei desta Casa, que garante a sua autonomia e garante a gestão democrática da Cidade. É assim que nós queremos seguir construindo uma Cidade politizada e com qualidade de vida cada vez melhor, porque a sua cidadania incide sobre o Governo, constrói e fiscaliza as políticas públicas.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Não há mais inscritos em Comunicação de Líder.

Solicito a abertura do painel eletrônico, para verificação de quórum para ingressarmos na Ordem do Dia. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) Treze Vereadores presentes. Não há quórum para ingressarmos na Ordem do Dia.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Requerimento): Solicito, Sr. Presidente, uma lista dos 13 Vereadores presentes.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Defiro o Requerimento de Vossa Excelência. Encerramos os trabalhos da presente Sessão, agradecendo aos Srs. Vereadores e às Sras Vereadoras, bem como às pessoas que acompanharam a presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 16h48min.)

 

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